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“The Ides of March”, um filme político que nega uma mensagem política

“The Ides of March”, quarto filme de George Clooney como diretor, mergulha no mundo político com sua luta de “poder, corrupção e traições”, ao mesmo tempo sem querer reivindicar sua mensagem política, segundo seu produtor. “Penso que a política, especialmente hoje em dia, tem um atrativo universal que ecoa em todo o mundo”, disse em […]

Por Por Romain Raynaldy
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h58 - Publicado em 6 out 2011, 16h27
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  • “The Ides of March”, quarto filme de George Clooney como diretor, mergulha no mundo político com sua luta de “poder, corrupção e traições”, ao mesmo tempo sem querer reivindicar sua mensagem política, segundo seu produtor.

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    “Penso que a política, especialmente hoje em dia, tem um atrativo universal que ecoa em todo o mundo”, disse em entrevista à AFP Grant Heslov, produtor e corroteirista do filme que estreia nesta sexta-feira na América do Norte, após sua apresentação nos festivais de Veneza e Toronto.

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    “Mas acho que o filme transcende o mecanismo da política e tem mais a ver com os temas do poder, da corrupção e da traição”, disse o produtor.

    O filme segue os passos do personagem de Stephen Meyers (Ryan Gosling), assessor de campanha do governador americano Mike Morris (George Clooney), candidato às primárias democratas da eleição presidencial.

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    Blefes, mentiras, jogos de poder, negociações e segredos de alcova: o idealismo e a admiração sem limites do jovem por seu candidato sofrem rapidamente uma dura prova. Ryan Gosling, onipresente nas telas do cinema neste ano, que protagonizou também os filmes lançados recentemente “Amor a toda prova” e “Drive”, afirma também que “o filme não tem uma mensagem política”.

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    “É um thriller que se desenvolve no campo política, mas acredito que (a história) poderia acontecer em Wall Street ou em Hollywood”, disse o ator em entrevista à AFP.

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    Grant Heslov disse que a eleição do mundo político como pano de fundo foi motivada pela obra teatral a partir da qual o roteiro foi adaptado: “Farragut North” (2004), de Beau Willimon, um jovem ator que teria trabalhado para a equipe de Howard Dean durante as primárias presidenciais em Iowa.

    “Poderíamos mudar o entorno, mas a verdade é que a política me interessa, assim como interessa a George. Por isso consideramos que era um bom contexto para situar nossa história”, acrescentou.

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    Ao escrever o discurso do candidato Mike Morris, George Clooney e Grant Heslov “passaram algumas de suas ideias”, reconheceu o produtor, acrescentando finalmente: “Não é neutro”.

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    “A verdade é que se George e eu não fossemos os autores desse filme, provavelmente não teríamos o esta conversa. Mas como somos nós, todos querem saber o que o filme quer dizer politicamente”, disse Heslov, que participou de todos os projetos de Clooney nos últimos anos como produtor, produtor ou roteirista.

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    Clooney, o ator que ficou famoso na série dramática “ER”, nunca escondeu seu apoio ao presidente americano Barack Obama e sua luta por causas humanitárias o transformou, querendo ou não, em uma das estrelas de Hollywood mais “comprometidas”.

    Na apresentação do filme em Veneza, o ator disse que tinha previsto rodar sua história em 2008, em meio ao entusiasmo pela eleição de Obama, mas desistiu porque “não era um bom momento para um filme tão cínico”.

    Nada é perdoado em “The Ides of March”. Todos tem seu lado obscuro, inclusive o candidato democrata supostamente intocável. Grant Heslov se arrisca, no fim, a fazer um comentário político: “O que o filme diz é ‘dormiu com a estagiária, e então? É motivo para não eleger o candidato mais qualificado?'”.

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    “Tenho fé no sistema político, mas sou muito cínico atualmente a esse respeito”, acrescentou Heslov. “Acredito que Obama fez o necessário, mas não vejo que tenha muito apoio”, disse o corroteirista.

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