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Tensões na Terra não devem atingir a Estação Espacial Internacional

Atualmente, ocupam o complexo multinacional em órbita sobre o planeta dois russos, quatro americanos e um alemão

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 fev 2022, 18h46

Com a recente escalada das tensões na fronteira entre Rússia e Ucrânia, os temores de que uma invasão aconteça deixaram Estados Unidos, França e Alemanha em estado de alerta nos últimos dias, com busca de soluções diplomáticas e, também, troca de acusações entre os países. Isso tudo está acontecendo no planeta Terra. A quatrocentos quilômetros acima da superfície, no entanto, o clima na Estação Espacial Internacional (ISS) segue tranquilo entre os atuais tripulantes, dois russos, quatro americanos e um alemão. E, segundo especialistas, deve continuar assim.

Um deles, Scott Pace, atuou como secretário executivo do National Space Council sob o ex-presidente Donald Trump e agora é diretor do Instituto de Política Espacial da Universidade George Washington. Ele disse à agência Associated Press que a estação espacial “está amplamente isolada” de eventos políticos: “É possível imaginar uma ruptura com a Rússia que colocaria em risco a estação espacial, mas isso seria no nível de uma queda nas relações diplomáticas. Seria um último recurso. A menos que haja um confronto militar mais amplo, não vejo isso acontecendo.”

Lançada em 1998, a ISS é fruto de um consórcio internacional de cinco agências espaciais envolvendo ao todo 15 países, entre os quais, EUA, Rússia, Canadá, Japão e vários países europeus. Com mais de 20 anos, ela se expandiu consideravelmente e sua vida útil está perto de chegar ao fim — a desativação está prevista para 2031. “É uma forma de realizar empreendimentos comuns, mas esse poder não é infinito e os conflitos terrestres na Terra ainda podem atrapalhar”, disse Pace na entrevista. “O espaço é cada vez mais crítico para a nossa vida diária e é algo que todos deveriam estar cientes.”

No início do ano, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, presidiu uma reunião do Conselho da organização com a Rússia, em Bruxelas, na qual lançou a ideia de discutir maneiras de prevenir incidentes militares perigosos ou acidentes envolvendo russos e os aliados ocidentais. Já nos EUA, o Congresso americano vê com preocupação o impacto que o conflito com a Ucrânia poderia ter na ISS. Por enquanto, os legisladores isentaram a cooperação espacial de sanções. Espera-se que mantenham o posicionamento no futuro, para o bem do clima entre os atuais ocupantes da estação multinacional.

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