De acordo com uma pesquisa publicada hoje em Glasgow, sede da conferência COP26, a temperatura média do planeta vai aumentar em 2,4°C até o final do século, excedendo a meta de 2°C estabelecida no Acordo de Paris e a meta ideal de 1,5°C debatida na COP. Se a estimativa se concretizar, o ritmo de desastres naturais observados pelo planeta (como incêndios, enchentes e aumento do nível do mar) será ainda mais acelerado do que se esperava.
Segundo a organização Climate Action Tracker, levando-se em conta as políticas ambientais implementadas pelo globo (e não as promessas de cada governo), a situação pode ser ainda pior, com um aumento de 2,7°C em comparação aos níveis pré-industriais até 2100. Entretanto, o cenário é menos negativo do que a análise anterior do grupo, realizada em 2015, que apontava para um futuro 3,6°C mais quente.
Por enquanto, os compromissos assumidos na COP26 parecem um tanto quanto instáveis. Se a situação não melhorar e planos e políticas concretos não forem estabelecidos no sentido de controlar o aquecimento global, podemos estar rumando em direção a um futuro próximo extremamente prejudicial — não apenas para a humanidade, mas também para a fauna e flora terrestres.
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