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Quantas pessoas são necessárias para colonizar Marte? Estudo responde

Pesquisa mostra quais personalidades teriam mais sucesso no desafio de desbravar o Planeta Vermelho

Por Marília Monitchele Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 ago 2023, 17h48
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  • MARTE - Perseverance: foto feita durante missao que detectou moléculas orgânicas do planeta vermelho
    MARTE - Perseverance: foto feita durante missão que detectou moléculas orgânicas do planeta vermelho (NASA/JPL-Caltech/ASU/Divulgação)

    Quantas pessoas seriam necessárias para colonizar um planeta? De acordo com um estudo pré-publicado recentemente, apenas 22 seres humanos seriam capazes de colonizar Marte. Desde que, claro, eles tivessem a personalidade certa. Os pesquisadores usaram um sistema de modelagem baseada em agentes (ABM, na sigla em inglês), que é um programa de computador no qual uma dinâmica complexa – seja ela social, biológica e etc – é representada nos termos dos agentes e suas interações. 

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    No estudo, parte do banco de artigos pré-impressos da Universidade de Cornell, onde ainda aguarda a revisão por pares, os pesquisadores usaram os ABMs para simular como  alguns grupos de pessoas podem reagir em cenários desafiadores, tendo como base suas características de personalidade. 

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    Para tal, o modelo desenvolveu quatro tipos de personalidades para os futuros moradores do planeta vermelho: agradáveis, que são pessoas pouco competitivas e agressivas; sociais, aqueles extrovertidos e que se dão bem em situações que exigem algum grau de sociabilidade; reativos, que não costumam se adequar a mudanças e, por fim, os neuróticos, cujo principal traço é ser altamente competitivos e agressivos. 

    O modelo então, variou o número de predominância das quatro personalidades e analisou como cada tipo responderia a situações cotidianas de um colono marciano, como a mineração e a agricultura. Os resultados sugerem que se a maior parte dos futuros colonos for composta por pessoas agradáveis e sociáveis, apenas 22 colonos seriam necessários para ocupar com sucesso nosso vizinho vermelho. “Descobrimos, ao contrário de outra literatura, que o número mínimo de pessoas com todos os tipos de personalidade que podem levar a um assentamento sustentável está na casa das dezenas e não nas centenas”, afirmam os autores no texto.

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    A questão pode parecer secundária diante dos desafios de se explorar um planeta hostil como Marte. No entanto, definir o tamanho do esforço humano necessário para esta tarefa é extremamente importante, pois, quanto mais pessoas e equipamentos forem necessários para o sucesso da empreitada, maior será o seu custo.

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    As expectativas um tanto quanto otimistas deste estudo, porém, podem ser um indicativo de suas limitações. O modelo previa que o grupo de pessoas seria levado para o planeta com toda a estrutura necessária para sua ocupação já construída. Além disso, os novos ocupantes já teriam sete anos de provimento de energia garantidos por mini reatores nucleares semelhantes aos que alimentam os rovers que fazem o reconhecimento local, e recebiam suprimentos regulares da Terra. O modelo simulou apenas 28 anos de colonização e foram consideradas bem sucedidas as missões em que ao menos 10 pessoas sobrevivessem. 

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    Isso fez com que os resultados fossem menos convincentes do que deveriam, sobretudo se se colocasse como objetivos a construção e o sustento autônomo de uma colônia em Marte. Uma pesquisa anterior, publicada no Scientific Reports, da prestigiosa Nature, previa um número mínimo de 110 pessoas para que uma iniciativa de colonização de Marte pudesse prosperar. 

    Apesar disso, o novo estudo tem a vantagem de incluir traços de personalidade entre as muitas variáveis que podem contribuir para o sucesso de uma missão desse tipo, fator que não tinha sido previsto em estudos anteriores. Novos estudos, porém, podem ter que complexificar um pouco mais os tipos humanos previstos, a fim de se aproximar da realidade terrestre. Ademais, uma colonização feita por um contingente tão baixo, como prevê o cenário hipotético, poderia resultar em problemas futuros, como endogamia e problemas genéticos, o que poderia diminuir a capacidade de resiliência dos colonos marcianos.

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