Um estudo publicado no último dia 9 no periódico científico Current Biology encontrou um fator que pode ajudar a explicar a aparente atração de tartarugas-marinhas por sacolas e canudos de plástico. Já se especulava que a movimentação desses itens debaixo d’água se assemelhasse ao de águas-vivas, e outros animais, atraindo as tartarugas. Contudo, a nova pesquisa constatou que o cheiro do plástico também pode enganar esses répteis.
Os experimentos foram feitos com 15 tartarugas-marinhas criadas em cativeiro. Os cientistas colocaram odores artificiais acima do tanque das tartarugas e gravaram suas reações com câmeras.
Como resultado da análise das filmagens, os pesquisadores perceberam que os animais reagiam aos odores de plástico da mesma forma que reagiam aos aromas de alimentos, como peixes e camarões. Quando voltavam à superfície, as tartarugas permaneciam emersas por três vezes mais tempo do que a média quando cheiravam plástico.
A esperança dos cientistas é de que a descoberta ajude na compreensão dos hábitos das tartarugas-marinhas em relação ao plástico e, futuramente, a diminuir o número de mortes de animais marinhos causadas por esse tipo de poluição.