Um novo estudo, coordenado pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e pela Universidade Federal do ABC em parceria com a Associação Viva e Deixe Viver comprovaram as vantagens de se realizar sessões de leitura com crianças internadas em hospitais. A pesquisa foi publicada no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences.
O trabalho revelou que leituras de até 30 minutos têm efeitos significativos sobre crianças de 2 a 7 anos internadas em unidades de terapia intensiva. Após a sessão, elas afirmaram sentir menos dor e mais confiança, além de enxergar seu tratamento de forma mais positiva.
O estudo contou com a participação de 81 crianças internadas no Hospital São Luiz Jabaquara, em São Paulo. Todas elas apresentavam problemas respiratórios.
Entre elas, 41 formaram um grupo que tinha contato com contadores de história voluntários da Associação Viva e Deixe Viver de 25 a 30 minutos. Os outros jovens participavam de jogos com enigmas e perguntas durante mesmo tempo.
Posteriormente, os pesquisadores coletavam amostras de saliva de cada criança, por meio das quais eles poderiam verificar as oscilações de substâncias como cortisol (ligada ao estresse) e ocitocina (relacionada à felicidade e empatia) antes e depois das sessões. Além disso, os jovens respondiam a questões sobre como se sentiam após as atividades.
Como resultado, os cientistas descobriram que ambos os grupos foram beneficiados pelas interações. Contudo, o grupo envolvido com a leitura de histórias apresentou resultados duas vezes melhores.