Fenômeno natural caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, El Niño estava sumido nos últimos 3 anos. Em seu lugar, ocorreu La Niña, com efeito contrário, que refrescou os mesmos mares e trouxe temperaturas baixas e chuvas para boa parte do planeta. Porém, isso deve mudar. Um boletim da Organização Meteorológica Mundial (OMM), publicado nesta quinta-feira, 2, alertou que “o menino” pode voltar em breve.
Antes disso, no entanto, é provável que tenhamos um período de condições neutras, especialmente durante os meses de março a maio. As chances de desenvolvimento do El Niño são baixas no primeiro semestre: 15% no período de abril a junho. Mas aumentam gradualmente para 35% entre maio e julho. A longo prazo, as possibilidades são de 55%, no intervalo de junho a agosto. Mas esta última possibilidade é mais remota por causa da incerteza em torno das previsões climáticas.
“O primeiro La Niña triplo do século XXI está finalmente chegando ao fim”, disse o Secretário-Geral da OMM, Petteri Taalas. O efeito de resfriamento do La Niña freou temporariamente o aumento das temperaturas globais, mesmo que o período de oito anos tenha sido o mais quente já registrado. Se agora entrarmos em uma fase de El Niño, é provável que isso alimente outro pico climático mundial.”
El Niño e La Niña são fenômenos naturais. Mas estão ocorrendo em um contexto de mudança climática induzida pelo homem, que está aumentando as temperaturas globais, afetando os padrões sazonais de chuva e tornando nosso clima mais extremo.