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Nasa lança com sucesso missão para resgatar astronautas ‘presos’

Retorno deve acontecer em fevereiro de 2025

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 set 2024, 15h38 - Publicado em 28 set 2024, 15h35

A Nasa e a SpaceX lançaram neste sábado, 28, a missão que deverá trazer de volta à Terra os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams. Eles chegaram à Estação Espacial a bordo da cápsula Starliner, da Boeing, em junho. A missão deveria durar pouco mais de uma semana, mas a nave retornou sem a tripulação após apresentar problemas técnicos.

Esse é o 9º lançamento tripulado da SpaceX para a Estação Espacial, como parte do programa da Nasa de estímulo a missões comerciais. À bordo da nave Dragon, a missão leva o astronauta americano Nick Hague e o cosmonauta russo Aleksandr Gorbunov. 

Ao longo de cinco meses eles realizarão pesquisas, demonstrações de tecnologia e atividades de manutenção. Em fevereiro eles retornarão no mesmo veículo e darão uma carona a Wilmore e Williams. 

“Esta missão exigiu muita flexibilidade operacional e de planejamento. Parabenizo toda a equipe pelo lançamento bem-sucedido hoje, e boa sorte a Nick e Aleksandr enquanto eles seguem para a estação espacial”, disse Bill Nelson, administrador da Nasa, em comunicado. “Nossos magos da NASA e nossos parceiros comerciais e internacionais mostraram mais uma vez o sucesso que vem do trabalho em conjunto e da adaptação às circunstâncias em mudança sem sacrificar as operações seguras e profissionais da Estação Espacial Internacional.”

Por que os astronautas estão presos no espaço?

À bordo da Estação Espacial Internacional os astronautas não estão perdidos, nem tampouco desassistidos — algo que a agência espacial americana fez questão de ressaltar em sucessivos comunicados. Acontece, no entanto, que sem a capsula Starliner a disposição, eles não tinham um veículo para retornar à Terra e, portanto, precisarão aguardar até uma nova janela de retorno.

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+O que se sabe sobre os dois astronautas presos na Estação Espacial Internacional

Com os dois tripulantes a bordo, o CST-100 Starliner decolou da base de Cabo Canaveral, ligado a um foguete Atlas V fornecido e pilotado pela Boeing-Lockheed Martin. Eles chegaram em segurança, mas a cápsula sofreu com vazamentos de hélio e falhas no propulsor. 

Após três meses de testes, a Nasa decidiu por retornar os astronautas na próxima missão tripulada da SpaceX. 

Uma séries de falhas

A Boeing foi contratada ao lado da SpaceX de Elon Musk há uma década para transportar astronautas da NASA para a estação espacial. A agência queria duas empresas norte-americanas concorrentes para o trabalho, pagando 4,2 milhões de dólares à Boeing e pouco mais de metade disso à SpaceX, que remodelou a cápsula que usava para entregar os fornecimentos da estação.

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A SpaceX logo prestou o serviço, mas o mesmo não aconteceu com a Boeing. Anos atrasados ​​​​por causa de falhas na espaçonave, a estreia da tripulação do Starliner ocorreu em um momento em que a empresa luta com questões de segurança. Prejudicado por um software ruim, o voo de teste sem tripulação, em 2019,  teve que ser repetido antes que a Nasa permitisse que seus astronautas se preparassem. A reforma de 2022 foi muito melhor, mas mais tarde a fita inflamável teve que ser removida da cápsula e surgiram problemas de paraquedas.

O lançamento de junho foi a terceira tentativa com astronautas desde o início de maio, após dois problemas relacionados ao foguete “Eu sei que foi um longo caminho para chegar aqui”, disse Steve Stich, gerente do programa de tripulação comercial da Nasa, antes do atraso do fim de semana.

Um pequeno vazamento de hélio no sistema de propulsão da espaçonave também causou atrasos, mas os gerentes decidiram que o vazamento era administrável e não um problema de segurança. Parece que mudaram de ideia. 

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