Um novo estudo realizado no zoológico Lincoln Park, em Chicago, nos Estados Unidos, mostra que certos recursos utilizados pela imprensa podem influenciar de forma negativa a forma como as pessoas interpretam conceitos relativos à conservação ambiental.
Os pesquisadores usaram composições de imagens digitais para testar a reação das pessoas aos chimpanzés em diferentes circunstâncias. Aqueles que antes de serem entrevistados haviam visto retratos de chimpanzés com humanos eram mais propensos a acreditar que esses animais não estão ameaçados. Eles também tendiam a crer que macacos podem ser bons animais de estimação.
“As descobertas são particularmente relevantes considerando a popularidade de propagandas, filmes e programas de televisão que contam com chimpanzés como atores”, afirma o responsável pelo trabalho Steve Ross. “Pessoas que costumam ver imagens de chimpanzés em espaços tipicamente humanos, como escritórios, também estão mais propensas a crer que eles não estão ameaçados.”
De acordo com o pesquisador, o retrato de primatas ameaçados deve ser uma preocupação séria, já que essas imagens podem ter efeitos significativos sobre a percepção das pessoas e prejudicar as iniciativas de conservação, bem como o bem-estar da população. Chimpanzés adquirem muitos músculos e ficam agressivos na maturidade, tornando perigosa a convivência com humanos.
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