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Na Europa, onda de calor antecipada pode intensificar incêndios

Para se precaver, bloco está investindo em programas de compartilhamento de equipamentos e de redução de riscos

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 jun 2022, 12h46 - Publicado em 22 jun 2022, 12h00

Uma onda de calor e seca antecipada na União Europeia mobilizou os países do bloco para se prevenir contra a intensificação dos incêndios que costumam ocorrer nesta época do ano na região. São as consequências das mudanças climáticas, como destacou, na semana passada, a Organização Meteorológica Mundial: “O que estamos testemunhando hoje é uma antecipação do futuro.”

Este mês, Alemanha e Espanha registraram incêndios florestais de grande proporção, vários países do Mediterrâneo sofrem com uma seca prolongada e o custo elevado dos combustíveis impede que se façam mais sobrevoos de aviões-pipa nas áreas atingidas. Isso porque o alto verão ainda nem começou na região.

De acordo com especialistas, os incêndios florestais na Europa devem se estender para o norte, em países como o Reino Unido, a Alemanha e os países escandinavos. Para se precaver, neste verão, a UE vai compartilhar aviões e helicópteros para fornecer apoio transfronteiriço. Espera-se que faça parceria com mais países fora do bloco.

Incêndios florestais na Espanha destruíram dezenas de milhares de acres de terras arborizadas, embora uma queda acentuada recente nas temperaturas esteja ajudando os bombeiros a contê-los. Os problemas começaram com a chegada na primavera da primeira onda de calor em duas décadas. Temperaturas subiram acima de 40 graus em muitas cidades espanholas, uma marca atingida somente em agosto.

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O vizinho Portugal também teve seu maio mais quente em nove décadas, e na França o mês foi o mais quente já registrado. A Grécia, também muito afetada nesta época do ano, começará a usar produtos químicos retardadores de fogo, enquanto a UE está enviando mais de 200 bombeiros e equipamentos da França, Alemanha e outros quatro países para ficarem mobilizados na região.

“O conceito de temporada de incêndios está perdendo seu significado”, disse à agência Associated Press Victor Resco de Dios, professor de engenharia florestal da Universidade de Lleida, na Espanha, duramente atingida pelos incêndios de verão. “Agora, temos a temporada de incêndios o ano todo. As principais transformações que estamos vendo com as mudanças climáticas são uma maior duração das temporadas de incêndios.”

Os desdobramentos recentes colocaram a UE em alerta. Houve desenvolvimentos, como o Mecanismo de Proteção Civil da UE, que facilita a cooperação rápida entre países em situação de emergência. Os governos europeus também estão se abrindo para incorporar a redução de riscos em seu planejamento, em vez de simplesmente aumentar recursos de combate a incêndios. Este verão será a principal prova.

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