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Missão privada com destino à Lua enfrenta falha e não pousará

Um vazamento no combustível seria a causa, que impedirá um pouso controlado em solo lunar

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 16h30 - Publicado em 9 jan 2024, 15h15

Na último dia 8, a empresa espacial privada Astrobotic lançou o que poderia ser a primeira missão comercial a realizar um pouso suave em solo lunar. Horas após o lançamento, no entanto, a empresa divulgou uma nota em que afirma estar tendo dificuldade em manter a nave apontada para o Sol, algo necessário para manter os níveis de energia. A falha, de acordo com eles, foi causada por uma anomalia no sistema de propulsão que teria causado um vazamento no combustível, o que impedirá que a nave chegue com sucesso à Lua.

O lançamento ocorreu às 2h18, no horário local, a partir da estação Space Force, em Cabo Canaveral, na Flórida, e deveria chegar à Lua no dia 23 de fevereiro. Cerca de 9h depois do lançamento, no entanto, a empresa informou ter dificuldade de manter a posição correta da nave. As investigações sugeriram que havia uma falha nos propulsores, o que foi corroborado pela primeira foto enviada pela sonda, que mostra o que parece ser um amassado em parte da estrutura da Peregrine.

PRIMEIRA IMAGEM - Peregrine: amassado é compatível com teoria de falha nos propulsores
PRIMEIRA IMAGEM – Peregrine: amassado é compatível com teoria de falha nos propulsores (@Astrobotic/X/Divulgação)

De acordo com a empresa, embora eles continuem trabalhando para aumentar o tempo operacional, a falha causará uma falta de energia, o que impediria o sucesso da missão. “Dado o vazamento do propelente, infelizmente não há chance de um pouso suave na Lua”, diz a companhia em uma rede social. “Continuamos recebendo dados valiosos e testando operações de voos espaciais para componentes e software relacionados à nossa próxima missão de pouso lunar, a Griffin.”

Do que se trata a missão?

O principal objetivo desse projeto é provar a capacidade das empresas privadas de realizar não só o lançamento, mas também o pouso em solo extraterrestre. Fruto do programa CLPS na Nasa para popularizar as missões espaciais privadas, a nave leva 20 cargas ao satélite, entre instrumentos de pesquisa da agência espacial americana, rovers desenvolvidos por universidades e outras agências privadas e cinzas humanas.

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Apesar do possível fracasso da missão, pesquisadores consideram o lançamento um sucesso. Além de ser a primeira americana a tentar pousar no satélite desde 1972, essa foi a estreia do foguete Vulcan Centaur, da United Launch Alliance, que foi bem sucedido em colocar a carga no espaço. Espera-se que ele sirva como uma possível alternativa a lançamentos, que hoje se concentram nos foguetes da SpaceX.

O administrador da Nasa, Bill Nelson, usou as redes sociais para comentar sobre o episódio. “Com o sucesso do foguete Vulcan, da ULA, nosso país tem mais ferramentas para explorar o espaço. O voo espacial é uma aventura ousada e a Astrobotic está progredindo nas entregas de CLPS e Artemis”, escreveu. “A Nasa continuará a expandir nosso alcance no cosmos com nossos parceiros comerciais.”

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