Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Menina recebe veia transplantada obtida de células-tronco próprias

Cirurgiões anunciaram ter transplantado a primeira veia desenvolvida em laboratório a partir das células-tronco de uma paciente de 10 anos, poupando-a do trauma de ter retirados vasos de seu próprio corpo. O procedimento inovador pode dar esperanças a pacientes que não têm veias saudáveis para uso em diálise ou cirurgia de ponte de safena, destacou […]

Por Jeff Pachoud
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h34 - Publicado em 13 jun 2012, 19h51
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Cirurgiões anunciaram ter transplantado a primeira veia desenvolvida em laboratório a partir das células-tronco de uma paciente de 10 anos, poupando-a do trauma de ter retirados vasos de seu próprio corpo.

    Publicidade

    O procedimento inovador pode dar esperanças a pacientes que não têm veias saudáveis para uso em diálise ou cirurgia de ponte de safena, destacou um artigo publicado na revista médica The Lancet.

    Publicidade

    Veias sintéticas são propensas a desenvolver coágulos e sofrer bloqueios e os receptores de veias de doadores precisam tomar medicamentos imunossupressores para o resto da vida para evitar rejeição.

    No caso estudado, uma equipe médica da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, extraiu um segmento de 9 centímetros da veia da virilha de um doador falecido e removeu todas as células vivas.

    Publicidade

    Eles, então, injetaram no tecido células-tronco obtidas da medula da menina, diagnosticada com um bloqueio potencialmente letal da veia porta, um grande vaso que leva sangue ao fígado.

    Continua após a publicidade

    Duas semanas depois desta “semeadura”, a veia foi implantada na paciente, usando a técnica da ponte de safena, acrescentaram os médicos.

    Publicidade

    “A menina do estudo foi poupada do trauma de ter veias retiradas do pescoço ou da perna com o risco associado de problemas nos membros inferiores”, escreveram os pesquisadores Martin Birchall e George Hamilton em comentário publicado com o artigo.

    As cirurgias para restaurar o fluxo sanguíneo da porta usando veias artificiais ou de doadores tiveram resultados diversos até agora.

    Publicidade

    A equipe de cientistas explicou que a paciente não teve complicações na cirurgia e que o fluxo sanguíneo normal foi restaurado imediatamente. E uma vez que as veias continham as próprias células da menina, ela não precisa tomar medicamentos imunossupressores.

    Continua após a publicidade

    A menina precisou de outro enxerto um ano após o primeiro, mas goza de boa saúde, consegue fazer longas caminhadas de até 3 quilômetros e faz ginástica moderadamente, destacou o artigo.

    Publicidade

    O novo método resultou em “uma melhora impactante na qualidade de vida da paciente”, destacaram os autores do estudo, em um comunicado.

    Birchall e Hamilton observaram que o alto custo e o longo prazo exigido para preparar este tipo de enxerto torna improvável que seja adotado como um tratamento normal imediatamente.

    Embora o procedimento seja promissor, acrescentaram, é preciso que a técnica evolua passe por testes clínicos completos.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.