Após 50 anos, a Lua voltou a ser um destino considerado por muitos países ao redor do mundo. Estados Unidos e China protagonizam essa nova fase da corrida espacial, mas, em meio a essa disputa, países com pouca tradição também tentam se destacar como novas potências da área. A Índia é uma dessas candidatas e, na próxima sexta-feira, 14, o país dará um passo importante nessa direção.
A Organização Indiana de Pesquisa Espacial lançará a missão Chandrayaan-3, que tentará fazer um pouso controlado no satélite natural. Se der certo, o país será apenas o quarto a ser bem-sucedido nesse feito, atrás apenas da antiga União Soviética, dos americanos e, mais recentemente, dos chineses.
O país já havia tentado fazer um pouso controlado em 2019, com a missão Chandrayaan-2, mas a nave falhou na alunissagem. A nova tentativa se utilizará dos aprendizados adquiridos para chegar, em agosto, no polo sul da Lua. A missão levará um pousador e um veículo que, juntos, estudarão composição e características do solo, atividade sísmica e variação de radiação na região ao longo do tempo.
Essa não será a única visita ao satélite realizada neste ano. Em abril a empresa privada japonesa ispace falhou em tentar realizar o primeiro pouso comercial em solo lunar e, nos próximos meses, duas missões do Serviço Comercial de Carga Lunar da Nasa e uma viagem turística da SpaceX estão agendadas para acontecer.