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Impacto do aquecimento global nas plantas pode estar subestimado

Observações feitas em condições naturais mostram que os efeitos do aquecimento global em plantas são muito maiores do que experimentos artificiais sugerem

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h38 - Publicado em 2 Maio 2012, 19h17
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  • Um estudo publicado nesta quarta-feira na revista Nature revela que experiências que tentam simular o impacto do aquecimento global nas plantas subestimam o que acontece no mundo real. A pesquisa apoia observações feitas por fazendeiros e jardineiros, especialmente no Hemisfério Norte, segundo os quais plantas sazonais estão florescendo muito mais cedo do que no passado.

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    Título original: Warming experiments underpredict plant phenological responses to climate change

    Onde foi divulgada: revista Nature

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    Quem fez: E. M. Wolkovich, B. I. Cook, J. M. Allen, T. M. Crimmins, J. L. Betancourt, S. E. Travers, S. Pau, J. Regetz, T. J. Davies, N. J. B. Kraft, T. R. Ault, K. Bolmgren, S. J. Mazer, G. J. McCabe, B. J. McGill, C. Parmesan, N. Salamin,

    M. D. Schwartz e E. E. Cleland

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    Instituição: Universidade de Columbia, EUA

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    Dados de amostragem: 1634 espécies de plantas

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    Resultado: Estudos feitos com plantas em situações reais mostram que efeitos do aquecimento global é muito maior do que os encontrados em experimentos artificiais

    Experimentos artificiais sobre o aquecimento global costumam ser feitos com plantas em uma câmara similar a uma estufa sem tampa ou uma tenda com um pequeno aquecedor para replicar os efeitos do aumento da temperatura.

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    Estes experimentos mostraram que a florada e a folheação – surgimento de flores e folhas, respectivamente – ocorrem entre 1,9 e 3,3 dias mais cedo para cada 1 grau Celsius de elevação da temperatura. O novo estudo mostra que o número exato é muito maior: as plantas começam a desenvolver folhas e flores entre 2,5 e 5 dias antes a cada aumento de 1 grau Celsius na temperatura.

    Esses dados foram encontrados a partir de observações feitas a longo prazo com 1.634 espécies de plantas na natureza e realizadas por 20 instituições de América do Norte, Japão e Austrália.

    “Até agora, presumia-se que sistemas experimentais responderiam da mesma forma que os sistemas naturais respondem, mas não é o que acontece”, explicou em um comunicado o coautor da pesquisa, Benjamin Cook, do Observatório Terrestre Lamont-Doherty da Universidade de Columbia, em Nova York.

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    Estimativas conservadoras – De acordo com a pesquisa, os métodos experimentais podem falhar porque reduzem luz, vento ou umidade do solo, que afetam a maturidade da planta.

    Segundo o Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), publicado em 2007, as temperaturas da superfície do globo subiram 0,74 grau Celsius entre 1906 e 2005.

    Acredita-se que as tendências atuais de emissões de carbono, um dos fatores que causam o aumento da temperatura no globo, devem provocar uma elevação de 2 graus Celsius na temperatura da Terra ao longo do século XXI.

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    Para alguns especialistas, estas estimativas são conservadoras. Eles afirmam que muitos locais estão esquentando muito mais rápido do que a média do planeta.

    “A floração das cerejeiras, em Washington, um fenômeno meticulosamente registrado e celebrado, se antecipou em cerca de uma semana desde os anos 1970”, destacou o comunicado, publicado pelo Instituto da Terra, da Universidade de Columbia.

    Saiba mais

    IPCC

    O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (em inglês, Intergovernmental Panel on Climate Change) foi criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a fim de produzir informações relevantes para a compreensão das mudanças climáticas. Por sua contribuição ao tema, o IPCC ganhou o Nobel da Paz em 2007. Entre os 831 especialistas do Painel que vão redigir seu quinto relatório de avaliação climática, a ser publicado em 2014, 25 são brasileiros.

    (Com Agência France-Presse)

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