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Iluminação urbana desequilibra populações de insetos

As luzes das cidades favorecem a proliferação de algumas espécies, em detrimento de outras, tornando-se um fator de seleção artificial

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h36 - Publicado em 23 Maio 2012, 17h03

Estudo publicado nesta quarta-feira na revista Biology Letters mostra que as luzes das cidades funcionam como um fator de seleção artificial sobre populações de insetos: elas favorecem algumas espécies e prejudicam outras.

A iluminação urbana avança em uma proporção média de 6% ao ano em todo o mundo, mas seu impacto na vida selvagem é pouco compreendido. Enquanto estudos anteriores se preocupavam com os efeitos que as luzes da cidade poderiam ter sobre o relógio biológico de aves urbanas e a influência sobre os hábitos alimentares de alguns mamíferos, esse novo estudo analisa de que forma elas afetam comunidades de insetos.

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LED

LED (Light-Emitting Diode, ou Diodo Emissor de Luz) é um dispositivo eletrônico que transforma eletricidade em luz usando o movimento de elétrons. Não é uma tecnologia nova. Foi criada na Rússia na década de 1920 e popularizada nos EUA na década de 1960. No início, era utilizada em pequenos dispositivos, como calculadoras e placas de circuito. Atualmente, ganhou proporções maiores e é usada em televisores e monitores de computador, lanternas e telas de celulares.

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O grupo de cientistas liderado por Thomas Davies, da Universidade de Exeter (Inglaterra), passou três dias instalando armadilhas de insetos no entorno de Helston, uma pequena cidade da Cornuália, na região Sul da Grã-Bretanha. Eles capturaram 1.194 insetos de 60 diferentes espécies.

Após a observação, eles descobriram que cinco espécies – incluindo formigas, besouros terrestres e tatus-de-jardim – foram muito mais abundantes em áreas iluminadas do que naquelas com pouca luz. As luzes da cidade também atraíram mais insetos predadores e necrófilos, bichos que se alimentam de cadáveres.

Os biólogos destacam que mesmo pequenas mudanças nas populações de insetos geram impacto na cadeia alimentar em que eles estão envolvidos. Essas alterações impulsionam algumas espécies, mas prejudicam outras.

“A iluminação urbana muda o meio ambiente em níveis mais elevados de organização biológica do que se sabia anteriormente, trazendo à tona a potencialidade de poder alterar a estrutura e a função dos ecossistemas”, acrescentou o estudo.

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O estudo atual faz um alerta sobre a introdução da próxima geração da iluminação urbana, que vai usar lâmpadas de LED.

De acordo com os cientistas, estas tecnologias emitem luz em uma faixa mais ampla de comprimento de onda à qual os organismos são sensíveis.

(Com Agência France-Presse)

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