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Idosos aprendem melhor por tentativa e erro

Estudo canadense mostra que guardar informações a partir da experiência, em vez de recebê-las passivamente, ajuda no aprendizado dos mais velhos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h02 - Publicado em 24 ago 2011, 11h41

“Se os adultos mais velhos estão aprendendo algo muito conceitual, os erros podem, de fato, ser muito mais benéficos para o processo de aprendizagem”- Andree-Ann Cyr, coordenadora do estudo

Pesquisadores canadenses encontraram a primeira evidência de que as pessoas idosas retêm melhor a informação se esta for aprendida através de tentativa e erro, em vez da forma passiva, segundo estudo publicado nesta quarta-feira na edição eletrônica da revista Psychology and Aging. “Aprender da maneira mais difícil acabou sendo a melhor maneira”, afirmou a coordenadora do estudo, Andree-Ann Cyr.

Educadores e médicos especializados em reabilitação cognitiva se surpreenderam com os resultados. Trabalhos anteriores indicavam que cometer erros durante o aprendizado prejudica o rendimento da memória e que a aprendizagem passiva se adapta melhor aos cérebros mais velhos. “A literatura científica apoiou tradicionalmente a aprendizagem sem erros para adultos mais velhos”, afirma Cyr.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original:Learning information the hard way may be the best boot camp for older brains

Onde foi divulgada: revista Psychology and Aging

Quem fez: Andreé-Ann Cyr e Nicole Anderson

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Instituição: Instituto de Pesquisa Rotman, Toronto, Canadá

Dados de amostragem: 45 adultos com cerca de 20 anos e 45 idosos, com uma idade média de 70 anos

Resultado:O estudo mostra que, ao contrário do que apontavam pesquisas anteriores, aprender por tentativa e erro é melhor para os idosos.

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“No entanto, nosso estudo demonstra que, se os adultos mais velhos estão aprendendo algo muito conceitual, os erros podem, de fato, ser muito mais benéficos para o processo de aprendizagem.”

Em dois testes distintos, os cientistas do Instituto de Pesquisa Rotman Baycrest de Toronto compararam os resultados de exercícios de memória realizados por 45 adultos com cerca de 20 anos com os de 45 idosos, com uma idade média de 70 anos.

O primeiro teste supôs uma aprendizagem passiva, na qual os participantes deviam recordar uma categoria como “flor” e uma palavra relacionada como “rosa”. Outro método foi a aprendizagem a partir de erros, na qual se dava a categoria, mas o participante tinha de adivinhar a palavra relacionada.

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Esforço cognitivo – A diferença entre os dois métodos é similar à distinção entre ler um livro e ver passivamente um filme. “Requer mais esforço cognitivo quando a pessoa tem que procurar as respostas”, afirmou Cyr.

O cérebro faz associações e vínculos mais ricos se tiver que se esforçar para buscar as respostas. Na aprendizagem passiva, exige-se menos do cérebro, porque a resposta correta simplesmente é dada.

Nos dois testes, os participantes recordaram melhor o contexto das palavras-chave por tentativa e erro. Mas isso ficou mais evidente no caso dos idosos. “Os idosos costumam experimentar uma diminuição da memória relacionada com a idade. Por isso precisam de recordações mais ricas do que os adultos jovens, que não estão experimentando problemas de memória”, explicou Cyr. “Os jovens também têm uma vantagem: são muito bons na associação de memória espontânea para tornar suas recordações mais ricas”.

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As descobertas poderão ter implicações importantes para a transmissão da informação em sala de aula e para retardar a deterioração cognitiva dos idosos, segundo Cyr.

No vídeo abaixo (em inglês), a pesquisadora Andree-Ann Cyr explica a pesquisa:

http:https://www.youtube.com/embed/7Ozl2jFavHU

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(Com Agência France-Presse)

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