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Guarda Costeira dos EUA diz ter encontrado restos humanos em destroços

Autoridades estão levando as evidências identificadas nas partes do submersível Titan ao território americano para análise

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 jun 2023, 20h08 - Publicado em 28 jun 2023, 16h12
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  • Autoridades da Guarda Costeira americana disseram que provavelmente recuperaram restos humanos dos destroços do submersível Titan. Os oficiais estão  trazendo as evidências de volta aos Estados Unidos. O submersível implodiu na semana passada, dia 28, matando todas as cinco pessoas a bordo. O navio estava em uma viagem para ver o naufrágio do Titanic.

    “As evidências fornecerão aos investigadores de várias jurisdições internacionais informações críticas sobre a causa dessa tragédia. Ainda há muito trabalho a ser feito para entender os fatores que levaram à perda catastrófica do TITAN e ajudar a garantir que uma tragédia semelhante não ocorra novamente”, disse o capitão-chefe da Guarda Costeira dos EUA, Jason Neubauer, em comunicado.

    Os destroços foram encontrados a 3.800 metros de profundidade e a 488 metros de distância das ruínas do Titanic. O que restou da embarcação foi trazido pelo navio canadense Horizon Arctic, que carrega o veículo controlado remotamente (ROVs, na sigla em inglês) responsável pelo resgate.

    As várias peças brancas tiradas do mar servirão para esclarecer o motivo da implosão. De acordo com a Associated Press, a Pelagic Research Services, responsável pela operação do navio, informou que as buscas foram concluídas. Elas duraram dez dias e contaram com a ajuda de militares americanos e canadenses, além do auxílio de nações como França e Reino Unido. 

    O veículo desapareceu no dia 18 de junho, quando partiu da costa canadense rumo às ruínas do Titanic. A embarcação utilizava o equipamento de internet da Starlink, empresa de Elon Musk, para manter contato com um navio na superfície, mas essa conexão foi perdida alguns minutos após a descida, quando o veículo já estava a uma profundidade de aproximadamente 3.300 metros. Segundo o cofundador da OceanGate Expeditions, Guillermo Söhnlein, em caso de perda de contato a embarcação deveria voltar à superfície, mas isso não aconteceu.

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    As investigações já estão em andamento, mas, por enquanto, as autoridades envolvidas se recusaram a comentar sobre as descobertas. Segundo a Marinha dos Estados Unidos, os registros da corporação sugerem que o veículo implodiu logo após o mergulho, mas as causas ainda precisam ser elucidadas.

    Estavam entre os passageiros o CEO e cofundador da OceanGate, Stockton Rush, o empresario Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, o explorador britânico Hamish Harding e o especialista em Titanic Paul-Henri Nargeolet.

    Logo após o anuncio da Guarda Costeira, na tarde de quinta-feira, 22, a empresa responsável pelo submersível emitiu nota sobre o ocorrido. “Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um distinto espírito de aventura e uma profunda paixão por explorar e proteger os oceanos do mundo. Nossos corações estão com essas cinco almas e todos os membros de suas famílias durante esse período trágico (…) Este é um momento muito triste para toda a comunidade de exploradores e para cada um dos familiares daqueles que se perderam no mar. Pedimos respeitosamente que a privacidade dessas famílias seja respeitada durante este momento mais doloroso.”

    O Titanic afundou na madrugada de 15 de abril de 1912, em sua viagem inaugural da Inglaterra para Nova York, depois de bater em um iceberg, matando mais de 1.500 pessoas. Os destroços foram encontrados em 1985, divididos em duas seções principais, a cerca de 400 milhas de Newfoundland, no leste do Canadá, e desde então têm atraído a atenção de especialistas e amadores.

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