Emissões mundiais de CO2 subiram 2,5% em 2011, diz instituto alemão
De acordo com o IWR, a China foi o país que mais poluiu, seguido por Estados Unidos, Índia, Rússia, Japão e Alemanha

As emissões globais de dióxido de carbono (CO2) em 2011 subiram 2,5%, para 34 bilhões de toneladas, um novo recorde, informou nesta terça-feira o Instituto de Energia Renovável da Alemanha (IWR).
Em 2009, o desaquecimento da economia global fez com que as emissões diminuíssem, mas os novos dados do IWR, que fornece consultoria para o governo alemão, mostram que elas voltaram a aumentar. “Se a tendência atual for mantida, as emissões mundiais de CO2 irão subir outros 20%, para mais de 40 bilhões de toneladas até 2020”, afirmou o diretor do instituto, Norbert Allnoch.
Os maiores poluidores
Quais são os países que mais emitiram CO2 em 2011, em toneladas
- 1º• China: 8,9 bilhões
- 2º• Estados Unidos: 6 bilhões
- 3º• Índia: 1,8 bilhão
- 4º• Rússia: 1,67 bilhão
- 5º• Japão: 1,3 bilhão
- 6º• Alemanha: 804 milhões
A China liderou a lista de emissores em 2011, com 8,9 bilhões de toneladas, um aumento em relação aos 8,3 bilhões do ano anterior. A produção de CO2 da China foi quase 50% maior que as 6 bilhões de toneladas produzidas pelos Estados Unidos. A Índia ficou em terceiro, na frente da Rússia, Japão e Alemanha.
Dos 10 países mais poluentes, Estados Unidos, Rússia e Alemanha conseguiram reduzir a quantidade de CO2 jogada na atmosfera em relação ao ano anterior.
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Para frear o aumento do uso de combustíveis fósseis, o IWR defende que os países deveriam atrelem suas emissões a investimentos em equipamentos para proteger o clima e para o desenvolvimento de fontes renováveis de energia.
As emissões mundiais de CO2 estão 50% acima do nível de 1990, o ano tomado como base pelo Protocolo de Kyoto sobre o clima. O primeiro período do Protocolo termina em 31 de dezembro. A extensão do novo período deve ser decidida em Doha, este mês, em uma cúpula da ONU sobre esforços globais para enfrentar as mudanças climáticas. O encontro tem como objetivo finalizar um novo acordo até 2015 para redução de emissões, que entraria em vigor em 2020.
(Com Reuters)