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Eclipse lunar mais longo do século com ‘Lua de Sangue’ ocorre hoje à noite

O fenômeno será observável em todo o Brasil e terá duração de uma hora e 43 minutos; parte leste do país poderá ver eclipse total

Por Da Redação
Atualizado em 27 jul 2018, 16h49 - Publicado em 27 jul 2018, 10h38

Os observadores já podem se preparar: o eclipse lunar mais longo do século deve acontecer na noite de hoje (27) com direito a um fenômeno especial, conhecido como “Lua de Sangue”, em que o astro vai aparecer com uma coloração avermelhada no céu. Haverá uma hora e 43 minutos de eclipse e o espetáculo poderá ser visto em todo o Brasil.

O que cada pessoa vai observar, porém, depende da posição geográfica. Em São Paulo, a Lua já começou a adquirir uma cor mais vermelha nesta madrugada, mas o fenômeno deve se intensificar quando o astro voltar a surgir no fim da tarde. Toda a porção leste do Brasil, incluindo estados como Rio de Janeiro e Bahia, deve ver um eclipse total, com a Lua nascendo já na fase em que está 100% encoberta pela sombra da Terra. Na parte oeste do país, porém, o eclipse será apenas parcial e uma meia-lua luminosa poderá ser vista no céu.

Horários

O eclipse total, para quem puder vê-lo, começa às 16h30 e termina às 18h13 (no horário de Brasília), mas a Lua só vai nascer depois das 17h15, com o horário exato dependendo do estado em que o observador está. Isso significa que os primeiros 45 minutos, no mínimo, não serão visíveis em nenhuma parte do país, uma vez que o horário de término do evento é o mesmo para todas as regiões.

Em São Paulo, por exemplo, a Lua se tornará visível às 17h39, e a partir desse horário restarão 34 minutos de espetáculo. No Rio de Janeiro, ela deve aparecer um pouco antes, às 17h26, e permanecer eclipsada por mais 47 minutos. Já a capital que terá mais tempo para admirar o fenômeno será Recife, onde a Lua vai aparecer às 17h15, totalizando 58 minutos do evento (para saber os horários exatos segundo a localização do observador, confira o mapa abaixo).

Enquanto o céu ainda estiver claro, pode ser que a visualização não seja tão boa, mas a recomendação dos astrônomos é que as pessoas fiquem de prontidão olhando para o horizonte, a leste.

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Quando o eclipse total terminar, a Lua deve começar a sair da sombra mais escura (conhecida como umbra). Isso marca o início do eclipse parcial, que vai até às 19h19. É nessa hora que o astro entra na sombra mais clara projetada pela Terra (chamada penumbra) e deve permanecer assim até as 20h29.

Como observar

A dica dos especialistas para aproveitar o fenômeno é sempre procurar um local em que seja possível observar o horizonte sem muitos obstáculos, como prédios e construções. “Para a Lua, não existe nenhuma restrição”, afirma o astrônomo Daniel Mello, do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Pode ser observada a olho nu, por se tratar de um astro imensamente brilhante, ou com binóculos e telescópios.”

O ideal, sempre que alguém deseja observar algum fenômeno astronômico, é procurar um local sem muitas luzes, indica o especialista. Quanto mais escuro, melhor.

Um bônus para os observadores é que, no mesmo dia do eclipse, Marte estará bem próximo da Lua e aparecerá no céu com brilho máximo logo no início da noite. Segundo o Observatório Nacional, outros planetas que estarão visíveis a olho nu são Vênus, a oeste; Júpiter, bem no alto do céu; e Saturno, a leste.

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Lua de Sangue

A “Lua de Sangue”, por sua vez, nada mais é do que o nome informal que o astro recebe durante esse tipo específico de fenômeno, devido à cor avermelhada que adquire.

Quando o eclipse lunar acontece, a Terra está posicionada exatamente entre a Lua e o Sol. Isso faz com que nosso planeta projete sombras na Lua conforme os astros vão se movimentando, e a coloração vermelha que o satélite adquire é resultado da incidência dos raios solares nos gases da atmosfera terrestre.

Se nosso planeta não tivesse atmosfera (como é o caso da própria Lua, de Mercúrio e de outros planetas e satélites espaço a fora) esse espetáculo celeste não seria possível. Da mesma forma, a “Lua de Sangue” só acontece durante eclipses lunares, totais ou parciais.

Eclipse de lua cheia
No eclipse lunar, a Terra fica exatamente entre a Lua e o Sol. Os raios solares incidem no globo e projetam uma sombra que é dividida em duas regiões: a umbra e a penumbra. A umbra é a parte em que o bloqueio da luz do Sol é total; já a penumbra é o trecho, acima ou abaixo da umbra, em que a luminosidade é apenas restrita. (Roberto Bockzo/Divulgação)
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