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Como observar a ‘Lua de Sangue’ no eclipse mais longo do século

O fenômeno, previsto para acontecer nesta sexta-feira, será observável em todo o Brasil e terá duração de uma hora e 43 minutos

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h14 - Publicado em 24 jul 2018, 10h34

Moradores de todo o Brasil já podem se preparar para um dos espetáculos astronômicos mais impressionantes de 2018: um eclipse lunar que formará uma “Lua de Sangue” no céu desta sexta-feira, 27. Como o próprio nome sugere, o astro deve adquirir um tom avermelhado durante o fenômeno, graças à forma com a qual os raios solares incidem na atmosfera terrestre. Este será o eclipse mais longo do século, durando aproximadamente uma hora e 43 minutos, segundo o Observatório Nacional.

O que cada pessoa vai observar durante o fenômeno, porém, depende da posição geográfica. Toda a porção leste do Brasil, incluindo estados como Rio de Janeiro e Bahia, deve ver um eclipse total, com a Lua nascendo já na fase em que está 100% encoberta pela sombra da Terra. Na parte oeste do país, porém, o eclipse será apenas parcial e uma meia-lua luminosa poderá ser vista no céu.

A dica dos especialistas para aproveitar o fenômeno é sempre procurar um local em que seja possível observar o horizonte sem muitos obstáculos, como prédios e construções. “Para a Lua, não existe nenhuma restrição”, afirma o astrônomo Daniel Mello, do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Pode ser observada a olho nu, por se tratar de um astro imensamente brilhante, ou com binóculos e telescópios.”

O ideal, sempre que alguém deseja observar algum fenômeno astronômico, é procurar um local sem muitas luzes, indica o especialista. Quanto mais escuro, melhor.

Um bônus para os observadores é que, no mesmo dia do eclipse, Marte estará bem próximo da Lua e aparecerá no céu com brilho máximo logo no início da noite. Segundo o Observatório Nacional, outros planetas que estarão visíveis a olho nu são Vênus, a oeste; Júpiter, bem no alto do céu; e Saturno, a leste.

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Eclipse

O eclipse total, para quem puder vê-lo, deve começar às 16h30 e terminar por volta das 18h13, no horário de Brasília. Durante a primeira hora, pode ser que a visualização não seja boa, uma vez que o Sol ainda vai estar no céu, mas a recomendação dos astrônomos é que as pessoas fiquem de prontidão olhando para o horizonte a leste.

Às 18h13, o astro começa a sair da sombra mais escura (conhecida como umbra) e isso marca o início do eclipse parcial, que vai até às 19h19. É nessa hora que a Lua passa a entrar na sombra mais clara projetada pela Terra (chamada penumbra), e deve permanecer assim até as 20h29.

 

Eclipse de lua cheia
No eclipse lunar, a Terra fica exatamente entre a Lua e o Sol. Os raios solares incidem no globo e projetam uma sombra que é dividida em duas regiões: a umbra e a penumbra. A umbra é a parte em que o bloqueio da luz do Sol é total; já a penumbra é o trecho, acima ou abaixo da umbra, em que a luminosidade é apenas restrita. (Roberto Bockzo/Divulgação)

A “Lua de Sangue”, por sua vez, nada mais é do que o nome informal que o astro recebe durante esse tipo específico de fenômeno, devido à cor avermelhada que adquire.

Quando o eclipse lunar acontece, a Terra está posicionada exatamente entre a Lua e o Sol. Isso faz com que nosso planeta projete sombras na Lua conforme os astros vão se movimentando, e a coloração vermelha que o satélite adquire é resultado da incidência dos raios solares nos gases da atmosfera terrestre.

Se nosso planeta não tivesse atmosfera (como é o caso da própria Lua, de Mercúrio e de outros planetas e satélites espaço a fora) esse espetáculo celeste não seria possível. Da mesma forma, a “Lua de Sangue” só acontece durante eclipses lunares, totais ou parciais.

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