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Cosmonautas presos na Estação Espacial Internacional voltam em setembro

Tripulação russa deve encerrar uma missão espacial em março, mas não pode deixar o espaço devido a um acidente na espaçonave MS-22

Por Marília Monitchele
21 fev 2023, 15h06
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  • A viagem ao espaço gera fascínio, mas também perigos para os envolvidos. Os cosmonautas russos Sergey Prokopyev e Dmitry Petelin e o astronauta americano Francisco Rubio deveriam encerrar uma missão espacial em março, mas não podem deixar o espaço na data prevista devido a um acidente na espaçonave que tripulam.

    O acidente envolveu o sistema de resfriamento da cápsula Soyuz MS-22, que começou a vazar há dois meses. Tanto a Nasa quanto a Roscosmos, agência espacial russa, acreditam que o vazamento foi causado por um micrometeorito, pequena partícula de rocha espacial que atingiu a nave em alta velocidade. Por esse motivo a equipe não consegue deixar a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A previsão de retorno ficou para setembro deste ano, e envolverá a substituição da parte danificada.

    O voo de volta da tripulação está programado para acontecer na Soyuz MS-23, cápsula substituta que será lançada no dia 24, e acoplada à Estação Espacial no dia 26. A MS-22, espaçonave que foi danificada, deverá retornar à Terra sem os astronautas em março.

    Um impacto semelhante também pode ter causado um vazamento no início deste mês no sistema de resfriamento do compartimento de carga Progress MS-21, que foi tirado de órbita na semana passada. Esse tipo de contratempo tem efeito direto na programação das agências espaciais. A Nasa e a Roscosmos tiveram que reorganizar cronogramas e replanejar caminhadas espaciais, que foram adiadas por causa desses eventos.

    Impactos desse tipo não são incomuns em espaçonaves ou estações espaciais, mas é a primeira vez que causam um transtorno tão grande à uma tripulação. Essa, porém, pode não ser a última vez que isso acontece, dado que o tamanho do micrometeorito que causou o estrago (cerca de 1 milímetro), é praticamente indetectável pelos sistemas de vigilância das agências espaciais. A Roscosmos, no entanto, garantiu que o incidente sofrido serviria de lição para o desenvolvimento de espaçonaves mais resistentes no futuro.

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