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Cientistas descobrem nova forma de morte estelar

Fenômeno já havia sido teorizado por astrônomos, mas não havia evidências concretas da ocorrência até agora

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 10h27 - Publicado em 22 jun 2023, 12h01
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  • MORTE - Impressão artística da explosão de raios gama
    Astronomers studying a powerful gamma-ray burst (GRB) with the International Gemini Observatory, operated by NSF’s NOIRLab, may have observed a never-before-seen way to destroy a star. Unlike most GRBs, which are caused by exploding massive stars or the chance mergers of neutron stars, astronomers have concluded that this GRB came instead from the collision of stars or stellar remnants in the jam-packed environment surrounding a supermassive black hole at the core of an ancient galaxy. (International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA/M. Garlick/M. Zamani/Divulgação)

    A morte de estrelas costuma ser um grande evento, oferecendo, quando não um espetáculo para os olhos em brilhantes supernovas, ondas de radiação que se espalham por milhares de anos-luz. Foi observando uma dessas ondas que um time de pesquisadores internacionais descobriu uma nova forma de morte estelar

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    Em 2019, astrônomos do Observatório Neil Gehrels Swift da Nasa, detectaram um flash de raio gama surpreendentemente longo. Essas ondas de radiação costumam durar menos de dois segundos e, geralmente, tem origem na explosão de estrelas supermassivas. A descarga detectada, contudo, durou pouco mais de um minuto. 

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    Para entender de onde vinha o brilho, eles utilizaram o Observatório Gemini, no Chile. As evidências sugerem que uma hipótese teorizada por cientistas há muito tempo pode ser verdadeira – estrelas são atraídas para regiões super densas do universo, onde elas encaram seu fim numa intensa colisão com outros remanescentes estelares. 

    Agora, os pesquisadores têm evidências fortes desse fenômeno. O que eles observaram no Gemini é que a onda surpreendente de raios gama vinha de uma região a mais ou menos 100 anos-luz de distância do centro de uma conhecida galáxia ancestral – para efeito de comparação, a Terra está a cerca de 26 mil anos luz de distância de Sagittarius A*, o buraco negro no centro da Via-Láctea

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    Essa observação costuma ser difícil, pois essas galáxias costumam estar muito distantes e seus centros são poluídos por poeira cósmica. Os pesquisadores afirmam, contudo, que nesses corpos ancestrais, esse tipo de fenômeno deve ser comum e argumentam que uma onda de radiação de tais magnitudes só poderia ter origem na fusão de dois objetos super massivos. Os resultados foram publicados nesta quinta-feira, 22, no periódico científico Nature Astronomy

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    A maioria desses astros morrem de maneiras muito previsíveis – corpos do tamanho do Sol vão se apagando até se tornarem anãs brancas; estrelas super massivas explodem em supernovas; sistemas binários vão se aproximando até se colidirem em uma única massa brilhante. Astrônomos sempre argumentam, contudo, se estrelas em galáxias super antigas poderiam ter um fim diferente. 

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    Esses aglomerados ancestrais já deixaram de formar novas estrelas há muito tempo. A maioria delas, inclusive, já morreram e tornaram o centro da vizinhança um agregado de corpos densos como buracos negros e anãs brancas. Fazia sentido para os pesquisadores, portanto, que esse centros poderiam atrair os corpos remanescentes para um trágico fim, mas nunca ficou tão claro se isso acontecia mesmo. 

    Futuramente, eles esperam encontrar mais evidências desse novo tipo de morte, algo que pode ser possibilitado pelo crescente surgimento de novos equipamentos e novas cooperações internacionais, como o Observatório Vera C Rubin, que deve começar a funcionar em 2025. 

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