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Cientistas descobrem duas pequenas luas orbitando asteroide; veja vídeo

É a primeira vez que um sistema complexo como esse é descoberto em um corpo celeste tão pequeno

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 Maio 2024, 16h27 - Publicado em 29 Maio 2024, 12h00
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  • Em outubro de 2021, a Nasa lançou uma missão heroica, mas pouco conhecida. Chamada de Lucy, a sonda seria responsável pela difícil missão de sobrevoar 11 asteroides do sistema solar. Menos de dois anos depois veio a primeira surpresa: um dos corpos estudados, nomeado popularmente como Dinky, tinha uma lua. Agora, no entanto, mais uma novidade. O pequeno corpo conta, não com uma única lua, mas com um complexo sistema de satélite binário. 

    A notícia foi revelada nesta quarta-feira, 29, em um artigo na Nature. “A equipe Lucy ficou chocada e animada”, disse a VEJA a autora do estudo e professora do departamento de astronomia e geologia da Universidade de Maryland, na Austrália, Jessica Sunshine. “No primeiro dia vimos que era um sistema binário, mas demorou até o dia dois de análise para percebermos que tínhamos uma lua binária de contato.”

    O que isso significa?

    Os satélites são chamados de Selam e são formados por duas rochas diferentes que se tocam. O achado foi curioso porque apenas 15% dos asteroides próximos à Terra contam com um pequeno satélite que orbita o corpo principal, mas é a primeira vez que cientistas encontram uma lua binária desse tipo em um corpo celeste tão pequeno. 

    [videopress NydusCt9]

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    Dinky é o diminutivo de Dinkinesh, também reconhecido pelo código 152830. Ele tem cerca de 720 metros de diâmetro e os astrônomos acreditam que suas luas derivam do próprio asteroide. Elas teriam se formado, segundo eles, após um fragmento se desprender do corpo principal em um momento em que ele girou muito rapidamente em torno do próprio eixo. 

    Essa não foi a única curiosidade. “Selam não é apenas um binário de contato,”, diz Sunshine. “Ele também conta com dois lóbulos que são quase iguais em tamanho. Isso é algo que ainda estamos tentando entender.”

    Quais os próximos passos?

    A investigação obviamente não termina por ai. Agora, os pesquisadores querem entender como esse corpo tão complexo se formou e precisam, ainda, encontrar outros sistemas como esse. “Também temos imagens de alta resolução do asteroide binário Didymos/Dimorphos próximo da Terra”, afirma Sunshine. “Existem muitas semelhanças entre eles, mas muitas diferenças na localização e formato das respectivas luas. Claramente precisamos de mais exemplos!”

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    A equipe acredita que entender esse sistema pode ajudar na maior compreensão do sistema solar e da evolução de outros satélites. 

    Entre as próximas etapas também estão, é claro, as investigações dos outros asteroides. O Dinky é um dos três corpos do principal cinturão de asteroides do sistema solar que serão estudados por essa sonda, mas ela ainda deverá passar por oito troianos, asteroides que compartilham a mesma órbita que Júpiter em torno do sol.

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