Na noite desta segunda-feira, 13, bares de todo o país recebem um público diferente: entusiastas da ciência. Se trata do evento internacional Pint of Science, que durante três dias promete levar a ambientes descontraídos, a ciência produzida nos laboratórios das Universidades.
Essa é a maior edição do evento no país e reflete um crescimento impressionante: em 2016 eram 7 cidades, mas nesta segunda-feira, 179 municípios brasileiros recebem o evento que dura até a próxima quarta-feira, 15. “Em um mundo pós-Covid, a importância de discutir ciência se torna mais fundamental do que nunca”, diz em comunicado o coordenador nacional do evento, Luiz Almeida. “A pandemia destacou a necessidade urgente de compreensão científica, informação precisa e colaboração global.”
Como funciona?
O conceito é bastante simples: leigos e entusiastas se reúnem em um lugar público para ouvir um especialista falar sobre seu tema de pesquisa de maneira descontraída e, depois, bater um papo sobre o assunto — acompanhado é claro de bons comes e bebes. Originalmente, apenas bares e restaurantes recebiam o Pint of Science, mas em 2024 há uma novidade. “Vamos também para praças públicas e outros locais a céu aberto”, afirma Almeida.
A inteligência artificial, é claro, domina boa parte das discussões, mas os temas temas diversos como astronomia, filosofia, mudanças climáticas e saúde animal também serão abordados.
Como isso começou?
Apesar do crescimento astronômico, o evento ainda é bastante jovem. O primeiro deles aconteceu na Inglaterra, em 2012, quando dois pesquisadores do renomado Imperial College London organizaram um encontro entre pesquisadores e pacientes com Alzheimer, Parkinson, doenças neuromusculares e esclerose múltipla. A experiência deu frutos e, a partir de 2013, decidiram que aquele seria um evento anual.
Os bares foram os primeiros locais a receber o evento e foi daí que surgiu o nome. Pint é o nome que os grandes copos de cerveja recebem no sistema de medição imperial. Pint of Science, portanto, significa algo como uma “caneca de ciência.”
Michael Motskin e Praveen Paul inspiraram pesquisadores ao redor do mundo e o Pint of Science ganhou asas. No Brasil ele chegou em 2015, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, sendo o primeiro país da América do Sul a sediar o encontro. Hoje, já são 25 países em todo o mundo — e crescendo.
Para saber se a sua cidade estará participando, acesse o site do evento.