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Bruno Pereira e Dom Phillips ganham homenagem científica

Nove meses após morte por garimpeiros na Amazônia, indigenista e jornalista batizam novas espécies descobertas de leveduras

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 mar 2023, 21h20
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  • Assassinados em junho de 2022 por garimpeiros na Amazônia, o indigenista Bruno Pereira e o jornalista americano Dom Phillips foram homenageados por cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais. Um grupo de estudos liderado por Carlos Augusto Rosa batizaram duas espécies de leveduras fermentadoras recém-descobertas com os nomes de Pereira e Phillips. Da espécie Spathaspora, elas são capazes de transformar a substância d-xilose em etanol e xilitol, um adoçante natural que pode ser usado por diabéticos ou em aplicações biotecnológicas. A descoberta foi publicada na revista científica International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology.

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    Entre 30% e 50% de todos os novos microrganismos de levedura são encontrados nas regiões brasileiras. “Daí a importância das pesquisas nessa área e também do esforço de Bruno e Dom para preservar o bioma da região. Essa homenagem reconhece, valoriza e homenageia a dupla por seu trabalho em defesa do meio ambiente”, disse Rosa em entrevista ao The Guardian.

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    As amostras das novas leveduras foram encontradas em uma madeira podre coletada em dois locais diferentes da floresta amazônica no estado do Pará e têm os nomes científicos de Spathaspora brunopereirae sp. nov. e Spathaspora domphillipsii sp. nov.. As descobertas foram feitas por 11 microbiologistas de três universidades, localizadas nos estados de Minas Gerais e Tocantins, e também em Western Ontario, no Canadá.

    Dom Phillips residia no Brasil desde 2007 e morava em Salvador, na Bahia. Era casado com a brasileira Alessandra Sampaio e cobria pautas sobre meio ambiente. Bruno Araújo era natural de Recife, onde ainda tem parentes, e era ativista pelos indígenas e suas terras, além de um ex-servidor da Funai. Ambos foram mortos por garimpeiros durante uma viagem ao Vale do Javari, segunda maior terra indígena do Brasil, no extremo-oeste do Amazonas. Três homens estão presos pelo crime.

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