O Centro para Previsão do Tempo Espacial emitiu um alerta para a tempestade geomagnética que atingirá a Terra nesta segunda-feira, 25. As massas podem causar interrupção em transmissões de rádio de alta frequência, mas não devem causar transtornos maiores.
De acordo com o órgão da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês), as massas de intensidade moderada atingiriam o planeta no domingo e, na segunda, chegariam as de intensidade forte. Além das interrupções da conexão por rádio, utilizadas por aeronaves, por exemplo, não devem haver transtornos maiores, em especial porque elas possuem outras vias de se comunicar com suas torres de comando.
Uma segunda consequência possível é mais animadora, mais possível apenas para os moradores das altas latitudes. Para quem vive próximo aos polos e tiver a sorte de uma noite de céu limpo, pode ser possível ver auroras particularmente brilhantes.
Essas tempestades geomagnéticas são causadas pelas chamadas ejeções de massa coronal, grandes erupções de gás ionizado na coroa solar, a parte mais externa do astro. Esses eventos produzem os ventos solares que, quando atingem a Terra, interagem com o campo magnético, interferindo nas comunicações.
Viral
Nos últimos meses, um grande número de vídeos viralizaram nas redes sociais alertando sobre panes elétricas e de comunicação que poderiam ser causadas por tempestades solares. Contudo, de acordo com a Noaa, embora essas interações sejam mesmo possíveis, “é muito improvável” que esses eventos sejam capazes de causar irregularidades generalizadas.
Os mais afetados por esses ventos são os satélites, em especial aqueles em maiores altitudes, mas eles são projetados para enfrentar esse tipo de interferência. Assim, mesmo que essas tempestades sejam capazes de causar danos, é provável que elas diminuam o tempo de vida útil desses aparelhos sem, necessariamente, causar uma grande falha.
Os astronautas em órbita também não correm grande perigo. Na Lua ou em Marte eles estariam expostos a essa radiação, mas a Estação Espacial Internacional está em órbita baixa, o que permite que eles sejam protegidos pelo campo magnético da Terra.