Arqueólogos encontram estátua de Ramsés II e Seti II no Cairo
Os pesquisadores acreditam que uma delas possa ser de Rámses II, um dos mais poderosos faraós do Egito, e a outra de seu neto, Seti II
![Estátua de Ramsés II é encontrada em favela no Egito](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/03/ciencia-sitio-arqueologico-egito-20170309-005.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
Uma missão conjunta de arqueólogos egípcios e alemães encontrou duas estátuas de faraós da dinastia XIX em uma escavação no Cairo, informou nesta quinta-feira o Ministério de Antiguidades do Egito.
Uma delas, que acredita-se que seja de Ramsés II, foi encontrada fragmentada em grandes pedaços de quartzito e mede aproximadamente oito metros, segundo informou o presidente do setor de Antiguidades Egípcias, Mahmoud Afifi, em comunicado. A outra peça é a parte superior de uma estátua em tamanho natural do rei Seti II, neto de Ramsés II, feita de calcário e com cerca de 80 centímetros.
A descoberta aconteceu na região arqueológica de Ain Shams, ao redor do templo de Ramsés II na antiga cidade de Heliópolis, que agora é um bairro da capital egípcia. Ramsés II governou o Egito há mais de 3.000 anos, e foi um dos faraós mais poderosos e aclamados do período. Ele liderou várias expedições militares e expandiu o Império Egípcio da Síria, a leste, à Núbia, ao sul. Seus sucessores o chamavam de “Grande Ancestral”.
Confira fotos das estátuas:
![Estátua do faraó Ramsés II, que governou o Egito há mais de 3.000 anos, na região de Matariya, no Cairo - 09/03/2017 Estátua do faraó Ramsés II, que governou o Egito há mais de 3.000 anos, na região de Matariya, no Cairo - 09/03/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/03/ciencia-sitio-arqueologico-egito-20170309-003.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Homem passa pelo que parece ser a cabeça de uma estátua do faraó Ramsés II encontrada por trabalhadores em uma favela no Cairo - 09/03/2017 Homem passa pelo que parece ser a cabeça de uma estátua do faraó Ramsés II encontrada por trabalhadores em uma favela no Cairo - 09/03/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/03/ciencia-sitio-arqueologico-egito-20170309-005.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Homem trabalha em um favela na região de Matariya, no Cairo onde foi encontrada uma estátua do faraó Ramsés II que governou o Egito há mais de 3000 anos - 09/03/2017 Homem trabalha em um favela na região de Matariya, no Cairo onde foi encontrada uma estátua do faraó Ramsés II que governou o Egito há mais de 3000 anos - 09/03/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/03/ciencia-sitio-arqueologico-egito-20170309-007.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Estátua do faraó Ramsés II, que governou o Egito há mais de 3.000 anos, na região de Matariya, no Cairo - 09/03/2017 Estátua do faraó Ramsés II, que governou o Egito há mais de 3.000 anos, na região de Matariya, no Cairo - 09/03/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/03/ciencia-sitio-arqueologico-egito-20170309-008.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Ministro das Antiguidades egípcio, Khaled al-Anani, inspeciona uma estátua do faraó Ramsés II descoberta em uma favela em Matariya, no Cairo - 09/03/2017 Ministro das Antiguidades egípcio, Khaled al-Anani, inspeciona uma estátua do faraó Ramsés II descoberta em uma favela em Matariya, no Cairo - 09/03/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/03/ciencia-sitio-arqueologico-egito-20170309-006.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Homens trabalham no local onde uma estátua do faraó Ramsés II foi encontrada em uma favela no Cairo - 09/03/2017 Homens trabalham no local onde uma estátua do faraó Ramsés II foi encontrada em uma favela no Cairo - 09/03/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/03/ciencia-sitio-arqueologico-egito-20170309-004.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Crianças fazem fotos próximas a cabeça de uma estátua do faraó Ramsés II encontrada por trabalhadores em uma favela no Cairo - 09/03/2017 Crianças fazem fotos próximas a cabeça de uma estátua do faraó Ramsés II encontrada por trabalhadores em uma favela no Cairo - 09/03/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/03/ciencia-sitio-arqueologico-egito-20170309-001.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Estátua do faraó Ramsés II, que governou o Egito há mais de 3.000 anos, na região de Matariya, no Cairo - 09/03/2017 Estátua do faraó Ramsés II, que governou o Egito há mais de 3.000 anos, na região de Matariya, no Cairo - 09/03/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/03/ciencia-sitio-arqueologico-egito-20170309-002.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
O chefe da missão egípcia, Ayman Ashmaui, indicou que as escavações e as pesquisas continuam em busca das demais partes para corroborar a identidade da estátua de maior tamanho, já que a parte encontrada não tem epigrafia que indique a quem pertence. Os arqueólogos, no entanto, acreditam que poderia ser de Ramsés II pelo fato de que foi descoberta em frente ao portal de seu templo.
Dietrich Raue, líder da equipe de pesquisadores alemães, disse em entrevista à Reuters que os antigos egípcios acreditavam que Heliopolis, no distrito de Matariya, era onde o Deus do Sol vivia. “De acordo com as crenças faraônicas, o mundo foi criado em Matariya”, disse. “Isso significa que tudo deveria ser construído ali. Estátuas, templos, obeliscos, tudo. Porém, o rei nunca poderia viver em Matariya, porque o Deus do Sol vivia ali.”
O ministro de Antiguidades, Khaled al Anani, disse que a estátua será transferida ao novo Museu Egípcio para ser restaurada e exposta em um local que será inaugurado parcialmente em 2018.
(Com agência EFE)