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Arqueólogos encontram 17 múmias em catacumba do Egito

O “esconderijo” abrigava múmias que não pertenciam à realeza. Considerando o estado de preservação, é possível que elas sejam de oficiais e sacerdotes

Por Da redação
15 Maio 2017, 12h52

Uma equipe de arqueólogos anunciou neste sábado a descoberta de 17 múmias em catacumbas na província de Menia, no Egito, um achado “sem precedentes” para esta região do centro do país, no coração de um sítio arqueológico desértico. As autoridades egípcias, que buscam relançar a atividade turística no país, multiplicaram nos últimos meses os anúncios sobre as descobertas de novos vestígios arqueológicos.

As múmias descobertas poderiam datar do período tardio (712-332 a.C.), segundo comunicado do Ministério das Antiguidades do país, mas a porta-voz do órgão, Nevine al Aref, afirmou que também poderiam remontar à era da dinastia ptolomaica (até 330-30 a.C.), última dinastia antes de o Egito passar ao domínio romano. Como elas estavam muito bem preservadas, os pesquisadores acreditam que pertençam a oficiais e sacerdotes. “Esta é a primeira necrópole encontrada no centro do Egito com tantas múmias”, disse Salah al Juli, chefe da equipe de arqueólogos que fez a descoberta na região desértica de Tuna el Yebel, situada na governadoria de Menia, 200 quilômetros ao sul do Cairo. “Isso pode indicar a presença de uma necrópole muito maior”, disse.

O “esconderijo de múmias” abrigava mortos que não pertenciam à realeza, um labirinto de corredores subterrâneos onde ficavam “17 múmias e alguns sarcófagos” escavados em pedra ou argila, segundo o comunicado do governo. Os arqueólogos também encontraram “caixões de animais” e “dois papiros escritos em demótico”, uma forma de escrita hieroglífica simplificada utilizada durante as últimas dinastias faraônicas no Egito e até o início da era romana.

No lugar, ânforas e outras panelas de barro estavam expostas em um pequeno armário exumado nas escavações, constatou um jornalista da AFP.

Sem precedentes

“É uma descoberta importante, sem precedentes”, afirmou Mohamed Hamza, chefe das escavações, dirigidas pela Universidade do Cairo. “Ela remonta ao período greco-romano”, indicou, ressaltando que o sítio arqueológico de Tuna el Yebel abriga restos que datam desta época, “entre o século III a.C e III d.C”.

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Além disso, o ministério anunciou em seu comunicado a descoberta em um sítio vizinho “de templos funerários romanos esculpidos em barro, nos quais foram encontradas moedas, (…) e outros objetos domésticos”.

O Egito autorizou recentemente vários projetos arqueológicos na esperança de fazer novas descobertas, num momento em que o setor turístico, pilar da economia egípcia, não consegue decolar, depois de vários atentados no ano passado.

(Com AFP)

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