A empresa espacial Intuitive Machines conseguiu realizar, nesta quinta-feira, 22, a alunissagem da missão IM-1 Odysseus — conhecida também como Nova-C. Esse é o primeiro pouso americano no satélite desde o fim das missões Apollo, em 1972. Além de marcar o retorno do país à Lua, essa também é primeira missão comercial a conseguir realizar o feito em solo lunar.
O lançamento ocorreu no último dia 15, a bordo de um Falcon 9, da SpaceX, a partir do Kennedy Space Center, em Cabo Canaveral, na Flórida. Após uma semana viajando pelo espaço, a sonda entrou na órbita lunar nesta quarta-feira, 21. Por volta das 20h30 desta quinta-feira o pousador iniciou o processo de alunissagem, nas proximidades da cratera Malapert A, próxima ao polo sul. O pouso automatizado foi finalizado com sucesso às 20h38.
A missão faz parte do programa CLPS (Serviços Comerciais de Carga Útil Lunar, na sigla em inglês), da Nasa, que visa popularizar as missões espaciais comerciais. A expectativa é de que projetos privados como esse deem suporte à missões maiores, como a Artemis, que visa levar humanos de volta à Lua ainda nesta década.
Qual o objetivo dessa missão?
Além do significado simbólico, o pousador leva consigo seis instrumentos da Nasa que deverão capturar imagens e coletar dados de rádio do solo e das proximidades da cratera Malapert A, próxima ao polo sul, onde a alunissagem deve ocorrer. A sonda ainda leva cargas de seis outras parcerias comerciais.
As análises funcionarão como uma investigação previa que deverão dar suporte à missão Artemis da agência espacial americana, que planeja levar astronautas de volta ao satélite — incluindo o primeiro negro e a primeira mulher — ainda nesta década. A missão M2 da Intuitive Machines planeja pousar no polo sul ainda em 2024.
Em que contexto a missão acontece?
O lançamento ocorre pouco mais de um mês após o fracasso da primeira missão comercial lançada pelo programa CLPS com o objetivo de pousar na Lua. Organizada pela empresa Astrobotic, essa foi a terceira tentativa privada que fracassou em realizar uma alunissagem bem-sucedida.
Apesar do insucesso das missões comerciais, no último ano dois países, a Índia e o Japão, se tornaram, respectivamente, o quarto e o quinto países a conseguir realizar um pouso bem-sucedido no satélite natural da Terra, abrindo espaço para empresas estatais com pouca tradição na exploração lunar.
Todas essas missões acontecem em meio a uma nova etapa da corrida espacial, desta vez protagonizada pelos Estados Unidos e pela China. Ambos planejam, além de levar humanos ao espaço no futuro próximo, construir bases de exploração permanente na vizinhança espacial.