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Além da fama de assassinas: estudo mostra que orcas são mães dedicadas

Pesquisa realizada por mais de 20 anos avalia que esses animais fazem sacrifício vitalício pela criação dos filhotes

Por Marilia Monitchele
Atualizado em 9 fev 2023, 18h44 - Publicado em 9 fev 2023, 18h44
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  • Uma baleia orca no aquário Loro Parque, na Espanha -
    Uma baleia orca no aquário Loro Parque, na Espanha -  (Marcos del Mazo/LightRocket/Getty Images)

    É quase consenso entre as mães que ter um filho muda definitivamente suas vidas e boa parte da sua personalidade. Esse pode não ser o caso só de mães humanas. As orcas, por exemplo, apesar de terem um conhecida fama de assassinas, podem ser, na verdade, mães dedicadas e abnegadas. Um recente estudo feito com populações do Pacífico Norte revela que as enormes e assustadoras baleias fazem um sacrifício vitalício pela criação de seus filhos.

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    Criar um filho não é tarefa fácil para ninguém, muito menos para as baleias. Para elas, a criação do herdeiro diminui significativamente suas chances de reprodução no futuro. A energia necessária para alimentar e manter os filhotes vivos podem comprometer de tal forma a saúde da espécie que as deixam menos aptas a se reproduzir novamente e criar novos bebês. As mamães orcas sacrificam boa parte de sua comida e energia provendo seu descendente. A relação é ainda mais desgastante quando os filhos são machos, pois estes são ainda mais dependentes da mãe e podem não ter autonomia até boa parte de sua vida adulta, dependendo da caça das mães para se alimentar, ao contrário das filhotes fêmeas que adquirem a independência bem mais jovens.

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    As observações compõem um estudo, feito ao longo de décadas, sobre a vida de uma população de orcas, conhecida como Southern Residents. Os dados são produzidos pelo Center for Whale Research (CWR), que desde 1976 elaborou um censo completo sobre as orcas do sul. Para esta pesquisa, em específico, biólogos examinaram a vida de 40 orcas fêmeas por quase 40 anos (de 1982 a 2021) e concluíram que para cada filhote vivo, a probabilidade anual de uma mãe criar outro filhote até o primeiro ano de vida foi reduzida pela metade.

    Os levantamentos do CWR permitiu que se ampliasse enormemente o conhecimento acerca da vida familiar das baleias. Esses esforços são ainda mais necessários no atual contexto, em que as populações de baleias orcas estão ameaçadas. Nas águas costeiras entre Vancouver, no Canadá, e Seattle, nos Estados Unidos, onde a CWR atua, existem apenas 73 exemplares deste espécime. “Essas orcas residentes no sul estão se equilibrando no fio da navalha e em risco de extinção. Portanto, qualquer coisa que reduza a reprodução das fêmeas é uma preocupação para esta população”, disse Darren Croft, professor da Universidade de Exeter e autor do último estudo, à BBC. Diante desse cenário, os cientistas consideram urgente levantar todo e qualquer tipo de informação que os ajudem a tomar decisões que resultem na proteção desses mamíferos marinhos.

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