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Abundância de água doce em Eilat causou dispersão do Homo sapiens

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h55 - Publicado em 10 nov 2011, 15h01

Jerusalém, 10 nov (EFE).- A abundância de água doce na região da baía de Eilat, no sul de Israel e fronteira com a Jordânia e o Egito, provocou a dispersão do Homo sapiens do continente africano para a Europa e a Ásia, segundo um estudo elaborado por geólogos israelenses.

A nova pesquisa, divulgada nesta quinta-feira pelo jornal ‘Haaretz’, afirma que há mais de 100 mil anos a região próxima à baía de Eilat, nas margens do Mar Vermelho, era banhada por fontes de água doce, o que aparentemente facilitou a sobrevivência do homem moderno (Homo sapiens) e sua posterior migração desta árida região para a Ásia e a Europa.

O estudo foi liderado pelo professor Boaz Lazar, do Instituto de Ciências da Terra na Universidade Hebraica de Jerusalém, e o geólogo Moti Stein, do centro de Pesquisa Geológica de Israel, que desenvolveram suas pesquisas em uma região do sul da cidade jordaniana de Aqaba.

Neste local, os pesquisadores estudaram as mudanças que aconteceram em um recife de coral que se elevou sobre o nível do mar há milhares de anos e se tornou um coral fóssil.

As conclusões da pesquisa foram publicadas recentemente na revista especializada ‘Geology’.

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Segundo Stein, a importância do estudo dos fósseis de coral se baseia na ideia de que é possível retirar deles informação sobre sua idade geológica e as mudanças que ocorreram no nível do mar durante diferentes períodos.

Existem recifes na baía de Eilat que atualmente estão sobre o nível do mar e que ficaram encalhados em terra firme devido a uma série de terremotos que assolaram a região há milhares de anos e criaram a plataforma do Mar Morto.

Os corais são animais marítimos que usam várias substâncias para construir seu esqueleto, com o qual o recife é formado. Aqueles que vivem em um entorno marinho salino geralmente são compostos por um mineral conhecido como aragonita.

No entanto, estudos anteriores revelaram que quando os recifes entram em contato com águas doces, a aragonita passa por um processo de recristalização para se transformar em mineral de calcita.

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Na opinião do geólogo, ‘isto indica que em algum momento os corais entraram em contato com águas doces, e isso certamente é incomum em uma das regiões mais áridas do planeta’.

Os pesquisadores israelenses estimam que os corais entraram em contato com a água doce há cerca de 140 mil anos, período conhecido como interglaciar.

Este lapso de tempo corresponde, segundo estudos antropológicos e arqueológicos, à época na qual o Homo sapiens começou a emigrar da África para outros continentes e permitiu a dispersão e o assentamento do ser humano.

‘Sabemos que durante este período havia grande quantidade de chuva nesta região, e supomos que foram formados açudes de águas subterrâneas que fluíam em direção ao mar e estiveram em contato com os corais, provocando as mudanças que ocorreram neles’, acrescentou Stein.

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Essas circunstâncias levaram os pesquisadores a concluir ‘que essas águas também serviram aos homens que chegaram a esta região, o que os permitiu sobreviver no entorno’, afirmou. EFE

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