Uma clínica veterinária situada em Porto Velho, em Rondônia, tem repercutido internacionalmente. O motivo: os especialistas do local andam se desdobrando para atender animais silvestres, muitos deles vítimas das queimadas nas florestas.
O local, denominado Clinidog, foi aberto há quatro anos e vinha lidando sobretudo com cães e gatos. Contudo, há aproximadamente quatro meses, a lista de clientes do estabelecimento se tornou cada vez mais diversificada.
Foi nessa época que a equipe recebeu um pedido para atender um gavião com uma asa quebrada. A ave recebeu cirurgia ortopédica, mas acabou por morrer antes de poder ser libertada.
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Após essa experiência bem-sucedida, a Polícia Ambiental passou a recorrer à Clinidog com mais frequência. Desde o começo desses atendimentos, os profissionais cuidaram de aves de rapina feridas, um tamanduá com a pata quebrada, dois macacos atropelados, uma arara vítima de apedrejamento… Embora algum desses casos sejam fruto de acaso ou força maior, o lado mais preocupante do atendimento tem se tornado cada vez mais nítido.
De acordo com Taís Paiva Oliveira, sócia-proprietária do estabelecimento, grande parte dos casos veterinários são resultado indireto de queimadas, muitas delas provocadas pela atividade humana. Isso porque, quando seu habitat começa a queimar, os animais fogem para longe. Muitas vezes, chegam machucados a regiões próximas de aglomerações humanas, quando recebem ajuda.
Exemplo disso foi a situação de uma preguiça, atendida nesta semana. O bicho fugia de uma queimada no interior e chegou com 30% de seu corpo queimado. Estava em tratamento quando morreu, dois dias atrás, em decorrência de seus ferimentos.
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