1º de abril: saiba como surgiu o Dia da Mentira
Diversos jornais publicaram notícias falsas para brincar com seus leitores nesse sábado
Nesse sábado, o jornal inglês Daily Mail noticiou o casamento secreto do príncipe Harry com sua namorada, Meghan Markle. Segundo a manchete do diário, os dois teriam oficializado sua união em uma cerimônia privativa. A notícia exibia até fotos do casal durante o casamento, com a noiva usando vestido branco e véu.
Contudo, a manchete não passava de uma brincadeira do dia 1º de abril. Todos os anos, os jornais ingleses costumam pregar peças em seus leitores com algumas notícias falsas bombásticas e absurdas. Foi o que fez também o Mirror, que publicou uma reportagem inteira sobre uma nova regra que permitirá que os cavalos de corrida usem fones de ouvido para ouvir músicas durante as competições no país.
Existem muitas explicações sobre a origem do Dia da Mentira, mas a história mais conhecida remonta ao século XVI. Na época, a chegada do Ano Novo era comemorada durante uma semana, do dia 25 de março ao dia 1º de abril.
Contudo, em 1564, o rei da França Carlos IX instituiu um novo calendário, que ficou conhecido como calendário gregoriano. A partir desse momento o Ano Novo passou a ser celebrado no dia 1º de janeiro. Mas, muitas pessoas demoraram para se acostumar com a mudança e continuaram a comemorar a data no começo de abril.
Aqueles que sabiam que o calendário havia mudado passaram a zombar dos que resistiam à troca da data, com todo tipo de brincadeira. Chamados de “bobos de abril”, costumavam receber convites falsos para festas de Ano Novo e presentes inusitados no dia 1ª de abril.
Da França, a mania de pregar peças neste dia percorreu o mundo todo e dura até hoje. No Brasil, um dos casos mais famosos aconteceu em 1848. Um jornal chamado sugestivamente de A Mentira noticiou o falecimento do então imperador do Brasil Dom Pedro II. O periódico teve que desmentir o fato dois dias depois da publicação, alegando que era apenas uma brincadeira do dia 1º de abril. Na verdade, Dom Pedro II só morreu em 1891, na França.