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‘Xerifes’ de matanças são retirados de penitenciárias do Amazonas

Dezessete detentos, tidos como líderes da facção FDN, irão para prisões federais de segurança máxima; entre eles está Garrote, chefe do massacre no Compaj

Por Leslie Leitão Atualizado em 11 jan 2017, 20h21 - Publicado em 11 jan 2017, 15h56
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  • O governo do Amazonas, com o apoio de agentes do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), transferiu nesta quarta-feira dezessete detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e da Unidade Prisional do Puraquequara, em Manaus, onde foram mortos na semana passada 60 presidiários. Nesta quinta-feira, será a vez do Acre, que deverá mandar para fora do estado quinze chefes do crime local.

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    Em um avião da Polícia Federal, os criminosos do Amazonas foram levados a presídios federais – que, por questão de segurança, ainda não foram revelados.  Os transferidos são lideranças da facção Família do Norte (FDN), que ordenou o massacre nas prisões. Entre eles estão detentos classificados como “xerifes” da organização, que coordenavam a atividade criminosa dentro das penitenciárias, além de pessoas acusadas de assassinatos em nome da facção e traficantes da fronteira.

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    Ao menos quatro dos 17 já haviam sido identificados pela PF na Operação La Muralla, que desarticulou parte da quadrilha. Entre os transferidos está o homem apontado como o Xerife do Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), Márcio Ramalho Diogo, conhecido como Garrote. Só na unidade em que estava preso foram 56 detentos assassinados, sendo 38 deles decapitados. O pedido de transferência havia sido feito pelo governo do Amazonas junto ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

    A investigação mostrou que Diogo era responsável pelo transporte de grandes cargas de drogas da fronteira para Manaus, tendo sido preso em abordagem policial. Ele, de acordo com a polícia, executava ordens e fazia cumprir as regras de disciplina imposta pelas lideranças, “sendo inclusive o responsável por aplicar penas aos detentos que variavam de lesões graves ao homicídio”. Na cadeia, a PF disse que ele se converteu em braço direito de José Roberto Fernandes Barbosa, o Pertuba, um dos criadores da FDN.

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    Também transferido nesta quarta-feira, André Said de Araújo, o Flamengo, foi descrito pela polícia como homem de confiança do fornecedor de drogas colombiano Daniel Rodrigues Orosco. “(André) se encarregava de toda a parte operacional do grupo relacionada ao recebimento, armazenamento e distribuição de drogas, armas e dinheiro”, descreveu os agentes no relatório da operação.

    Lenon Oliveira do Carmo, que está no grupo dos 17 retirados do Compaj, também é considerado de “alta periculosidade” e importante membro da FDN, ligado ao grupo do “xerife” Alan Castimário. Além dele, Eduardo Queiroz de Araújo estaria ligado aos assassinatos praticados a mando da facção, “sendo sicário de total confiança de Alan Castimário e José Roberto”.

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    As duas principais lideranças da FDN, José Roberto Barbosa, o Zé Roberto da Compensa, e Gelson Carnaúba, o G, já estavam em presídios federais há mais de um ano

    O pedido de transferência ocorreu a partir de informações reunidas pela força-tarefa criada para investigar o massacre no Compaj. A Polícia Civil amazonense informou usar desde o princípio do inquérito instaurado para apurar o caso imagens de câmeras de segurança do circuito interno do Compaj. Segundo os policiais, havia imagens que mostravam os assassinatos e ajudariam a identificar os diretamente envolvidos. Não foi informado nesta quarta se os dezessete responderão pelos 56 homicídios do local ou se o número de envolvidos nos crimes pode aumentar.

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    Veja a lista dos presos transferidos:

     

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    (Com Estadão Conteúdo)

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