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SP: falta d’água afeta 68 cidades, onde vivem 13,7 milhões

Desses, 38 já adotaram o racionamento, três estão em situação de emergência e um em calamidade pública. Em Franca, houve até oração por chuvas

Por Da Redação
16 out 2014, 10h10
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  • A falta d�e água em São Paulo já atinge 68 municípios – uma população de 13,7 milhões de pessoas -, fora a capital paulista. Desses, 38 já adotaram o racionamento, três estão em situação de emergência e um em calamidade pública.

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    Grandes cidades do interior como Campinas, Piracicaba e Americana sofrem com a crise hídrica, mas não adotaram o racionamento. Nesta terça-feira, atendendo ao pedido do prefeito Jonas Donizete (PSB), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) autorizou o aumento na liberação de água do Sistema Cantareira de 3 metros cúbicos por segundo para 3,5 metros cúbicos por segundo para evitar o colapso no abastecimento de Campinas. Segundo a Sanasa, a empresa de saneamento da cidade, com as altas temperaturas o consumo aumentou de 2,8 para 4 metros cúbicos por segundo. A má qualidade das águas do Rio Atibaia, onde é feita a captação, fez com que o volume de água tratada fosse reduzido, “provocando problemas pontuais de falta de água em algumas regiões da cidade”. Desde sexta-feira, a empresa utiliza vinte caminhões-pipa para atender os bairros mais afetados.

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    Em Bauru, 158 bairros vão conviver com o rodízio que começou nesta quarta-feira. A comerciante Rosana Domingues está comprando água para consumo. Já a cidade de Americana adotou nesta terça o rodízio entre os sistemas de captação para preservar os reservatórios mas não admitiu o racionamento oficialmente. O procedimento vale para toda cidade.

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    Em Piracicaba, desde o início do mês, pelo menos vinte bairros – mais de 100.000 pessoas – ficaram sem água. Moradores alegam que há um rodízio disfarçado. O Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) alega que o desabastecimento foi causado por avaria em uma adutora. O Rio Corumbataí, que abastece a cidade, está com nível muito baixo. Salto e Guararapes também optaram pelo racionamento esta semana. Já Itu tem racionamento desde fevereiro e está sendo abastecida precariamente com a compra de 3 milhões de litros de água por dia em outras cidades. No domingo, no quarto protesto contra a falta de água, moradores interditaram uma rodovia e incendiaram um ônibus.

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    Oração – Em Franca, a seca reduziu em 45% a vazão do Rio Canoas – o principal manancial da cidade – e em 65% a do Córrego Pouso Alegre. Nesta quarta, ao visitar o Canoas e saber que os cortes de água começariam, o vereador e pastor Otávio Pinheiro (PTB) rezou pedindo chuva com outros doze vereadores e o diretor da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Rui Engracia. “Fiquei muito assustado quando vi aquela situação, com o rio baixo e cheio de terra”, justificou. Na cidade, a Sabesp não assumiu oficialmente o racionamento mas divulgou uma lista com dezenas de bairros que estão tendo o corte de água. Todos os dias, 27 caminhões-pipa buscam água em represas da região para completar os reservatórios.

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    O município de Cruzeiro, no Vale do Paraíba, adotou o racionamento nesta terça, em razão do baixo nível dos Rios Batedor e Passa Vinte. Com o rodízio, o abastecimento fica interrompido durante 24 horas, em dias alternados. A telefonista Ana Cristina Ribeiro, moradora da Vila Brasil, foi avisada que ficará sem água a partir das 7 horas de hoje. “Como só tenho uma caixa, pedi à minha mãe para encher os baldes, pois não sabemos quando a água vai voltar.” Segundo ela, a cidade tem bairros altos que já estão sem água há mais tempo.

    Moradores de Redenção da Serra reclamam da interrupção no abastecimento e da qualidade da água, mas a Sabesp informou que os problemas foram pontuais e já estão corrigidos. A Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia do Rio Paraíba do Sul (Agevap) prevê que as represas que abastecem a região podem entrar em colapso em novembro, se não vierem chuvas em volume suficiente para recuperar os mananciais.

    (Com Estadão Conteúdo)

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