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SP distribui senhas em casa para vacina da febre amarela

Medida será aplicada apenas na capital paulista; municípios de São Paulo e do Rio de Janeiro começam campanha de vacinação nesta quinta-feira, 25

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 4 jun 2024, 17h24 - Publicado em 23 jan 2018, 16h56

Após registrar longas filas em busca da vacina da febre amarela, além de casos de desabastecimento, a prefeitura de São Paulo passou a distribuir senhas nas casas dos paulistanos para a próxima fase da campanha de vacinação, que começa nesta quinta-feira, 25,  em todo Estado de São Paulo e no Rio de Janeiro.

De acordo com o Ministério da Saúde, 54 municípios de São Paulo participarão da campanha, com previsão de vacinar 8,3 milhões de pessoas, sendo 6,3 milhões com a dose fracionada e 2 milhões com a padrão. No Rio de Janeiro, 7,7 milhões de pessoas deverão receber a dose fracionada e 2,4 milhões a padrão, em quinze municípios. A campanha vai começar no dia 19 de fevereiro na Bahia, onde 2,5 milhões de pessoas serão vacinadas com a dose fracionada e 813.000 com a dose padrão em oito municípios.

Senhas

Na capital paulista, a campanha vai imunizar moradores de vinte distritos com prioridade nas zonas leste e sul. O Ministério da Saúde vai enviar para São Paulo mais 1 milhão de seringas para fracionamento. Com a confirmação da morte de um macaco pela doença na região do Zoológico de São Paulo, na Zona Sul, quatro novos distritos foram incluídos na campanha.

A princípio, a medida emergencial acontecerá em vinte distritos da capital: Cidade Líder, Cidade Tiradentes, Guaianases, Iguatemi, Parque do Carmo, São Mateus e São Rafael, na Zona Leste, e Capão Redondo, Cidade Dutra, Grajaú, Jardim São Luís, Pedreira, Socorro, Campo Limpo, Vila Andrade, Cursino, Sacomã, Jabaquara e Cidade Ademar, na Zona Sul.

Ao contrário do que vinha ocorrendo até agora, não serão distribuídas senhas nas unidades de saúde da capital. Agentes comunitários de saúde e integrantes de associações de bairro passarão nas casas dos paulistanos dessas regiões entregando as senhas. O morador poderá escolher entre dois ou três dias diferentes para receber a imunização.

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Caso o morador não esteja em casa no momento da passagem do agente, poderá procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência de seu bairro, com comprovante de endereço, para ser imunizado — a lista com os distritos selecionados e as UBSs de atendimento pode ser consultada no site da secretaria.

 

Os paulistanos que não moram nos distritos que são foco da campanha, mas que vão viajar para área de risco, deverão procurar uma unidade de referência em saúde do viajante para tomar a vacina. Nessas unidades, será oferecida a vacina fracionada para quem tiver viagem marcada para dentro do Brasil e a dose padrão para os viajantes internacionais.

Na Zona Norte, onde todos os postos de saúde até agora estão oferecendo a vacina, a oferta passará a ser restrita a poucas unidades, somente para os moradores que ainda não foram protegidos. Nesses casos, não haverá distribuição de senha nas residências.

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Após finalizar a campanha nesses distritos das zonas sul e leste, o município fará outras três fases de imunização, nos meses de março, abril e maio. Em cada uma, a previsão é vacinar cerca de 2 milhões de pessoas. A expectativa é que todos os paulistanos estejam imunizados até o meio do ano.

Interior

A corrida aos postos de saúde fez com que prefeituras de municípios do interior também estabelecessem novas regras para a imunização. Depois que um morador de 48 anos morreu na madrugada do último domingo com suspeita de febre amarela, Jundiaí decidiu exigir comprovante de residência para quem procura os postos.

A mesma medida foi anunciada pelo município de Atibaia, onde um homem de 35 anos morreu na quinta-feira passada com sintomas da doença. As duas mortes são investigadas e o resultado dos exames devem sair em até dez dias. Outras sete cidades da região, incluindo Campinas e Piracicaba, passaram a exigir comprovante de residência para aplicar a vacina. Em todas há filas nos postos.

Os municípios justificam a medida alegando estar recebendo muitos moradores de outras cidades. O Ministério da Saúde informou que estados e municípios têm autonomia para organizar a distribuição e a aplicação, conforme os critérios de prioridade definidos pela pasta. Mairiporã, a cidade mais afetada pela febre amarela até agora, já restringiu a oferta de vacinas a quem não é do município.

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