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Só Gil Rugai tinha motivos para matar o pai, afirma promotor

Defesa, por sua vez, chamou de "contestáveis" os argumentos da promotoria, que acusa o jovem de matar o pai e a madrasta em 2004; sentença sai hoje

Por Luciano Bottini Filho
22 fev 2013, 13h47
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  • O último dia de julgamento de Gil Rugai começou nesta manhã com a sustentação oral da acusação, que afirmou que o réu era a única pessoa com motivos para assassinar o pai, Luís Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra Troitino. Para o promotor Rogério Zagallo, as outras linhas de investigação apontadas pela defesa, como a relação das mortes com o tráfico de drogas ou o envolvimento de um ex-funcionário da empresa da vítima, não podem ser aceitas. “Não há outra pessoa que pudesse desejar a morte [do casal]. Ele disse [a uma empregado da empresa] ‘eu seria mais feliz se meu pai morresse'”, afirmou Zagallo.

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    A acusação tentou reforçar as provas de que Rugai estava na casa do pai, onde ocorreram os assassinatos, no dia e hora do crime – por volta das 21h30 de 28 de março de 2004. O promotor leu o depoimento de três testemunhas, vizinhas do casal, que ouviram as séries de disparos nesse horário quando estava em casa conectadas à internet. Essas pessoas, segundo Zagallo, tinham “parâmetros objetivos” para precisar o momento do crime. A acusação também se sustenta no depoimento de um vigia que disse ter visto Gil Rugai sair do local do crime.

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    Gil Rugai apresentou um álibi de que havia saído para jantar com uma amiga depois das 22h10. A defesa usou como prova uma ligação feita da agência de Rugai, a KTM Comunicação, localizada nos Jardins – a casa das vítimas ficava em Perdizes, Zona Oeste de São Paulo. Segundo a acusação, o réu matou o casal e teve tempo para ir até a empresa dar o telefonema a amiga.

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    Para convencer os jurados de que Gil Rugai tem uma personalidade agressiva, o promotor citou trechos de depoimentos de pessoa ouvidas pela polícia. Um garçom disse que a sua namorada apanhou de Rugai com uma garrafa, pois o acusado tinha “uma paixão platônica por ele”. Ela teria visto luvas cirúrgicas com réu, que teria respondido: “É para matar namoradas inconvenientes”.

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    O acusado, ainda segundo esse garçom, teria pago 50 reais a um funcionário do restaurante para colocar 25 gramas de maconha em seu armário. Um funcionário da empresa de Luís Carlos, disse que Rugai havia se referia ao pai como “fedido”.

    Defesa – A defesa de Gil Rugai, por sua vez, chamou de “contestáveis” os quatro pilares que sustentam a acusação da promotoria: a briga de Gil Rugai com o pai; o depoimento do vigia que disse ter visto o réu saindo da cena crime; uma pegada na porta da casa da vítima, que seria do réu, e uma pistola encontrada em uma caixa de captação pluvial na empresa do suspeito. “Só essas premissas, reunidas e inabaláveis, indicariam a culpa de Gil? E eu me pergunto: esses pilares são concretos, são incontestáveis?”, questionou o advogado Thiago Anastácio.

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    Os advogados de Rugai também insistiram que o crime aconteceu às 22h14, quarenta minutos depois do que sustenta a promotoria. Nessa hora, segundo a defesa, Gil estava em seu escritório, nos Jardins, a 4,5 quilômetros do local do crime.

    Sentença – Terminadas as sustentações orais de acusação e defesa, os jurados terão de responder a oito perguntas, uma série de quatro questões idênticas para cada vítima. A primeira é para confirmar se houve a morte do pai e da madrasta com tiros de arma de fogo. A segunda, se o acusado, acompanhado de outra pessoa desconhecida, deu os disparos contra as vítimas. A terceira pergunta é se os jurados absolvem o réu. O último item questiona “se o crime foi cometido por motivo torpe, em razão de o réu ter sido afastado da participação dos negócios da vítima, não se conformando com tal situação”.

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    Ao responderem essas perguntas, os jurados darão seu veredito sobre o caso e decidirão se Gil Rugai sairá do Fórum da Barra Funda um homem livre ou condenado pelo assassinato do próprio pai.

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    Atualizada às 15h40

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