O Corpo de Bombeiros atualizou para quatro o número de desaparecidos sob os escombros do edifício que desmoronou no Largo do Paissandu, centro da capital paulista. Além do morador chamado Ricardo, que estava para ser resgatado – já com a corda de segurança – quando o prédio veio abaixo, foram incluídas nesta quarta-feira 2 nas buscas uma mulher chamada Selma e os dois filhos gêmeos. O marido dela procurou a equipe de assistência social depois de tentar encontrar a esposa por telefone e em abrigos municipais. Mais 45 pessoas que constam no cadastro da prefeitura como moradores do prédio também não foram localizadas, mas não há informação de que estivessem no edifício.
“Eles [a mulher e os gêmeos] moravam no 8º andar do prédio. Foram feitos contatos, buscas em albergues, mas não foram localizados, então nós assimilaremos essas vítimas como desaparecidas desta ocorrência”, explicou o capitão Marcos Palumbo, porta-voz do Corpo de Bombeiros. Ele esclareceu que o número de pessoas que estão cadastradas, mas não foram localizadas, oscila, pois é comum que alguns se apresentem enquanto outros são registrados.
Palumbo destacou que as ações no local não serão alteradas, pois, como já havia busca por uma vítima, o procedimento é o mesmo. “Os escombros só serão removidos de forma seletiva, com muita técnica, para que a gente não faça nenhum movimento inadequado e piore o cenário”, apontou. O prazo de 48 horas para mexer nas estruturas após o colapso, fixado por ele, vence na madrugada desta quinta-feira, 3.
“Não é porque eu tenho 48 horas que eu não vou fazer uma escolha seletiva dos escombros que vou recolher. Se tenho ali um grande perfil metálico que pesa toneladas, eu preciso fazer escolha de removê-lo se não for afetar outras áreas. É tipo de prática usual e vamos avaliar no momento mais oportuno”, explicou o capitão. Ele destacou que essa avaliação deve ser feita pela manhã.