Cerca de 50 professores invadiram o plenário da Câmara de Vereadores do Rio, nesta quinta-feira, para protestar contra o Plano de Cargos e Salários da categoria que seria votado na Casa. Após a invasão, o presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), decretou o fim da sessão e marcou a votação para terça-feira, dia 1º de outubro. Os professores decidiram que vão ocupar a Câmara até terem suas reivindicações atendidas pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). Eles também pedem reunião com Felippe, que foi embora sem recebê-los.
Quando houve a invasão, já havia professores nas galerias. Eles entraram pela manhã, com senhas, e tentavam convencer vereadores a não votarem o plano de cargos e salários, que, segundo os professores, só beneficia 10% da categoria. A segurança da Câmara impediu a entrada de novos manifestantes, e um grupo forçou a passagem pulando a Tribuna de Imprensa e tomando o plenário. Na lateral da Casa, mais de 500 professores gritavam palavras de ordem contra o plano.
Policiais militares fizeram um corredor para controlar quem entrava e quem saía da casa. O vereador Jefferson Moura (PSOL) confirmou que entrou com mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Rio, pedindo o cancelamento da votação. Ele alega que a reunião de quatro comissões, que deu parecer favorável ao plano, não ocorreu. Após a invasão, somente os vereadores de oposição permaneceram no plenário.
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(Com Estadão Conteúdo)