A Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) vai permanecer por mais sessenta dias no trabalho de apoio ao sistema penitenciário do Amazonas. Os militares estão no estado desde janeiro de 2017, após a rebelião de presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que resultou na morte de 56 detentos — o massacre é o maior desde a chacina do Carandiru, em 1992 em São Paulo, quando 111 presos foram mortos.
A portaria que autoriza a prorrogação foi assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro e publicada na edição desta quinta-feira (17) no Diário Oficial da União. Segundo o documento, a Força Nacional vai atuar nas ações de policiamento ostensivo, fazendo o patrulhamento nos perímetros externos dos presídios. A prorrogação foi solicitada pelo governador Wilson Lima (PSC), do Amazonas.
No começo de janeiro do ano passado, as unidades do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) e o Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) registraram uma “movimentação” de internos. Enquanto a fuga era contida, detentos se rebelaram no Compaj e assassinaram 56 internos.
Em abril do ano passado, o então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, havia assinado uma portaria prorrogando, mais uma vez, o trabalho da Força Nacional no estado até o dia primeiro de janeiro deste ano. No dia 11 de dezembro foi autorizada uma nova prorrogação.
(Com Agência Brasil)