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Policial que agrediu comerciante de tapetes em SP é preso

O investigador José Camilo Leonel foi chamado pela estudante Iolanda dos Santos, depois que ela não conseguiu o dinheiro de uma compra de volta. Caso aconteceu em janeiro, em bairro nobre de São Paulo

Por Nicole Fusco
15 abr 2016, 12h03
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  • O investigador da Polícia Civil José Camilo Leonel foi preso nesta quinta-feira por tortura, ameaça, constrangimento ilegal, comunicação falsa de crime, denunciação caluniosa e abuso de autoridade. Foi ele quem agrediu o comerciante iraniano Navid Saysan dentro de uma loja de tapetes nos Jardins, bairro da Zona Oeste de São Paulo. Leonel foi levado para o presídio da Polícia Civi, no bairro Carandiru, Zona Norte da capital paulista.

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    O caso aconteceu no fim de janeiro, quando a estudante Iolanda Delce dos Santos foi até o estabelecimento de Saysan, onde havia comprado um tapete, para pedir o dinheiro da compra de volta. Imagens das câmeras de segurança da loja mostram que o investigador chegou ao estabelecimento pouco depois que Iolanda saiu do estabelecimento, sem conseguir a devolução do dinheiro, e fez uma ligação. Ao chegar ao local, Leonel agrediu o comerciante e o ameaçou com uma arma. O Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil, foi chamado para reforço e Saysan saiu algemado da loja.

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    Em sua decisão, a juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara criminal, disse que a conduta do ex-policial civil foi “extremamente grave” e que merece “pronta e enérgica atuação estatal”. Segundo a magistrada, Leonel oferece “perigo concreto à sociedade, bem como à instrução processual e à futura aplicação da lei penal” porque, como trabalhava na Corregedoria da Polícia, possui influência entre os policiais e autoridades, além de “toda a condição de tumultuar ou inviabilizar a instrução processual”, com a intimidação da vítima ou testemunhas.

    Leonel terá o prazo de dez dias para apresentar sua defesa.

    Em relação à estudante Iolanda Delce dos Santos, a juíza não aceitou a decisão do Ministério Público de São Paulo de arquivar denúncia contra ela. De acordo com Maria Priscilla, há elementos que mostram que Iolanda contribuiu com a execução dos crimes, pois foi ela quem chamou o investigador para o local e acompanhou tanto a ação dele, quanto dos policiais que foram chamados para reforçar a ação. Por isso, ela propôs a denúncia da estudante pelos crimes de tortura e constrangimento ilegal. Agora, o caso será analisado pelo Procurador-Geral do Estado, Gianpaolo Smanio.

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