A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta terça-feira, 30, nove integrantes da narcomilícia chefiada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, considerado pelas autoridades como o maior miliciano do estado e o bandido mais procurado. A força-tarefa ocorreu em Bangu, na Zona Oeste da capital. Com o grupo, foram apreendidos armas, munição, identidades e distintivo falsos da polícia, cartões de crédito, máquinas de cartão, um notebook, além de drogas. No interior de um veículo, havia um caderno com anotações com a contabilidade da quadrilha.
A milícia de Ecko, que antes atuava apenas na Zona Oeste, está presente hoje em pelo menos 20 bairros do Rio e outros municípios da Baixada Fluminense e da Costa Verde fluminense, segundo a polícia. Ecko era aliado de Adriano Magalhães da Nóbrega, ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), que se tornou miliciano e o mais temido matador de aluguel do Rio. Capitão Adriano foi morto após operação da polícia da Bahia, em fevereiro de 2020.
De acordo com o delegado Marcus Amim, um dos presos estava entre os detidos em uma festa no sítio de Ecko, em abril de 2018. Na ocasião, 149 pessoas foram presas acusadas de envolvimento com a milícia, mas Ecko conseguiu fugir. A ação desta terça-feira foi considerada pela polícia um baque no bando do miliciano, conhecido por vender drogas ilícitas e cometer crimes como sequestros e extorsões de criminosos de facções rivais fingindo ser policiais civis.
Na operação, foram presos: Valcir Francisco Dos Santos, Diego Felipe Almeida dos Santos, Ulisses Ricardo Gomes De Sousa, Daniel Felipe Xavier Sudre, Diego Santos De Menezes, Wagner Da Silva Rocha, Caio Dos Santos Miguel, Marlon Barroso Camacho e Gabriel Sardinha Barros.