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Polícia prende dois suspeitos da morte de padre polonês em Brasília

Quatro pessoas estariam envolvidas no crime — o terceiro suspeito está foragido e o quarto pode ser um menor de idade não identificado

Por Giovanna Romano 25 set 2019, 11h18

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu nesta terça-feira, 24, dois suspeitos do assassinato do padre polonês Kizimierz Wojno, de 71 anos, mais conhecido como padre Casemiro, morto no último sábado, 20. A polícia trabalha com a hipótese de que pelo menos quatro pessoas estariam envolvidas no crime. O terceiro suspeito, Daniel Souza da Cruz, de 29 anos, está foragido.

Há a suspeita de que o quarto participante seja um adolescente menor de idade, ainda não identificado. Foram cumpridos dois mandatos de prisão temporária para Alessandro de Anchieta Silva, de 19 anos, e Antônio Willyan Almeida Santos, de 32 anos. O delegado Laércio Rossetto, da 2ª Delegacia de Polícia, afirmou que “foi um crime planejado”.

O padre Casemiro foi estrangulado com fios de arame e morto na noite de sábado após missa na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na Asa Norte de Brasília. Os quatro suspeitos teriam amarrado os pulsos, as pernas e o pescoço do padre, na altura da cervical. Os criminosos também arrombaram os cofres localizados na casa paroquial. O caseiro José Gonzaga da Costa, de 39 anos, teve os pulsos e as pernas imobilizadas.

Durante o depoimento, Alessandro relatou que foi convidado por Daniel, que está foragido, para cometer o crime. Segundo o suspeito, ele resolveu participar porque estava desempregado e com necessidades financeiras. Para o delegado, o jovem agiu com crueldade no momento do crime. “Ele portava a arma de fogo e participou da mobilização da vítima e do caseiro”, afirmou.

A polícia trabalha com a estimativa de que os bandidos permaneceram cerca de três horas no local. Imagens de vídeo obtidas pela polícia, de câmeras do entorno, mostram que eles saíram do local a pé, após pularem a cerca que delimita o terreno da igreja. Depois do latrocínio, os criminosos colocaram os objetos roubados em uma mochila e usaram transportes coletivos para a fuga.

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O delegado responsável disse que vai aguardar a conclusão do laudo técnico para saber se houve requinte de crueldade, sofrimento e tortura no assassinato do padre. “De antemão, eu posso dizer a asfixia [do padre] causou sofrimento”, disse. “Da forma que esse arame foi passado em volta do pescoço da vítima trouxe a convicção que eles iriam matar o padre”, concluiu Rossetto.

Em abril deste ano, a igreja de Nossa Senhora da Saúde já havia passado por outra invasão. Na época, os assaltantes haviam levado o sacrário — objeto onde são guardadas as hóstias.

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