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Polícia ouve e libera motorista que atropelou 18 em Copacabana

Antonio de Almeida Anaquim será indiciado por homicídio e lesões corporais dolosas (sem intenção); ele disse que sofreu um ‘apagão’ após ataque epiléptico

Por Da Redação Atualizado em 19 jan 2018, 21h40 - Publicado em 19 jan 2018, 21h38
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  • Antonio de Almeida Anaquim, de 41 anos, que conduzia o carro que atropelou pelo menos 18 pessoas na noite da quinta-feira, 18, na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, foi liberado na tarde desta sexta-feira pela 12ª Delegacia de Polícia (Hilário de Gouveia). Ele deverá ser indiciado por homicídio culposo e lesões corporais culposas (sem intenção de matar) pela Polícia Civil e poderá responder à investigação em liberdade.

    O delegado Gabriel Ferrando afirmou que a hipótese mais provável para explicar o que aconteceu é que o condutor tenha sofrido um “evento epilético” – um desmaio. O motorista alegou ter epilepsia e tratar da doença com remédios. “Disritimia causaria um apagão, ao contrário da convulsão, quando o indivíduo cai e fica se debatendo. Ele disse que já teve esse episódio há uns três, quatro anos e que voltou a ter esse apagão no momento que estava conduzindo o veículo, o que ocasionou a manobra brusca”, disse o delegado.

    A Polícia Civil também afirmou que o motorista foi encaminhado imediatamente ao Instituto Médico Legal (IML), onde, durante a madrugada, foi descartada a possibilidade de ele ter ingerido bebida alcoólica. Também foram incluídos pedidos de exames de urina.

    Ferrando disse ainda que, pela manhã, houve uma oitiva “importantíssima” de uma mulher que estava com Anaquim no veículo. “Ela não seria uma pessoa muito próxima a ele e confirmou o ataque. Estamos agora recolhendo imagens e ouvindo testemunhas, aguardando laudos periciais e trocando informações com o Detran-RJ”, disse.

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    Omissão e infrações

    O Departamento Estadual de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ) afirmou que Anaquim omitiu o problema neurológico e estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa desde 2014. Nos últimos cinco anos, acumulou 62 pontos no documento, por infrações como avanço de semáforo no sinal vermelho e estacionamento proibido.

    Em nota divulgada no início da noite desta sexta-feira, a Polícia Civil informou que chegou a 18 o número de vítimas do atropelamento. Um bebê de oito meses morreu e pelo menos 17 pessoas ficaram feridas.

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