No manhã desta quinta-feira, 19, Carlos Victor de Carvalho, de 34 anos, conhecido como “CVC”, foi preso por agentes da Polícia Federal (PF) em Guaçuí, no Espírito Santo. Segundo as investigações da PF, ele é apontado como um dos organizadores e financiadores das manifestações golpistas em Brasília. Assessor parlamentar do deputado estadual Felippe Poubel (PL) desde junho de 2022, Carlos é influenciador bolsonarista e criou o grupo “Associação Direita Campos”. Em 2020, concorreu às eleições como vereador da cidade de Campos dos Goytacazes, pelo Republicamos, mas não conseguiu se eleger. Em um dos perfis nas redes, o acusado se define como “cristão, conservador, anticomunista e contra o aborto”. Ele estava foragido desde quando a primeira ação da PF foi realizada.
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A Operação Ulysses, deflagrada na segunda-feira, cumpriu três mandados de prisão. No dia da operação, o subtenente do Corpo de Bombeiros Roberto Henrique de Souza Junior, que já foi afastado da corporação, foi preso. Ele se candidatou a deputado federal pelo Patriota, em 2018, e foi condenado pela Justiça Eleitoral a devolver parte do valor de campanha por não ter declarado os gastos corretamente. Um dia depois, Elizângela Cunha Pimentel Braga se entregou à PF. Segundo dados do Portal da Transparência, Elizângela recebeu parcelas do Auxílio Emergencial entre junho de 2020 e outubro de 2021.
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No decorrer da operação, foram apreendidos celulares, computadores e documentos no cumprimento dos cinco mandados de busca e apreensão. Os crimes investigados são associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais.
“A investigação tem o objetivo de identificar lideranças locais que bloquearam as rodovias que transpassam o município de Campos dos Goytacazes, no Rio, a organização das manifestações vistas em frente aos quartéis do Exército nesta cidade e, por último, a participação dos investigados e de outras lideranças na organização e financiamento dos atos que desencadearam a depredação dos prédios públicos e dos atentados contra as instituições democráticas ocorridas em 08/01/2023”, diz a PF.