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Polícia começa a desvendar a ‘caixa-preta’ de Wellington

Informações do computador e das contas de redes sociais vão ajudar investigadores a descobrir se assassino de Realengo teve ajuda para planejar o crime

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 abr 2011, 18h21

“Não temos representação do Facebook no Brasil. Ainda não sabemos o que fazer”, afirma a delegada Helen Sardenberg

Wellington Menezes de Oliveira quase não falava. Não tinha amigos na rua, não era visto em locais públicos – a não ser no caminho de casa. Mesmo entre os vizinhos, pouco se sabia do jovem que, surpreendentemente, surgiu na última quinta-feira com dois revólveres e matou 12 crianças na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo. Como o maníaco passava quase todo o tempo na internet, desvendar o que restou do computador de Wellington é quase como entrar na mente criminosa que causou o massacre.

A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) está, desde o dia do crime, mobilizada para conseguir mapear toda a vida ‘virtual’ de Wellington. A delegada Helen Sardenberg foi nesta terça-feira à empresa de telefonia Telemar para pedir um levantamento de quanto tempo Wellington gastava na internet. Entre hoje e amanhã a empresa garantiu à delegada que enviará a resposta solicitada.

“Estamos conseguindo quebrar o sigilo de email, MSN, sites de relacionamento”, disse Helen na delegacia, após voltar da incursão à Telemar. A Microsoft e o Google já foram oficiados. A Microsoft, que gerencia o MSN e o Hotmail, disse através de uma carta que as informações chegarão amanhã com a maior precisão, segundo relatou a delegada.

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A conta de Wellington no Facebook ainda é um problema para a delegacia. Se o perfil é verdadeiro ou não, ainda é um mistério de difícil resolução “Não temos representação do Facebook no Brasil. Ainda não sabemos o que fazer”, afirma Helen.

Menos de 24h após o massacre na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, a Justiça concedeu à polícia a primeira quebra de email. No decorrer das investigações, a polícia pediu a quebra de novos correios eletrônicos. Na sexta-feira, o judiciário autorizou a solicitação. “Para cada vestígio encontrado, pedimos respostas”, informou a delegada.

A Polícia Civil já conseguiu alguns avanços. O comportamento do assassino na internet começou a ser rastreado com a identificação da conta de MSN, em que o assassino aparecia como ‘Wellington Treze’. Foi a identificação dessa conta que permitiu à polícia chegar à única foto do criminoso com barba – como, segundo moradores de Realengo, ele costumava andar nas semanas anteriores ao massacre.

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