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Polícia prende 47 em SP por envolvimento com pornografia infantil

Duas operações na capital e região metropolitana buscaram suspeitos de manterem imagens de crianças e adolescentes em cenas de sexo

Por Agência Brasil
Atualizado em 20 fev 2018, 18h54 - Publicado em 20 fev 2018, 14h44
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  • A Polícia Civil de São Paulo prendeu, nesta terça-feira (20), um total de 47 pessoas suspeitas de crimes relacionados à pornografia infantil. Foram duas operações na capital e Grande São Paulo: a Harpócrates, chefiada pela seccional em Taboão da Serra, e a Guardiões da Infância, sob responsabilidade do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

    De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, as investigações da operação Harpócrates começaram há seis meses e levaram à prisão de 35 homens pelo armazenamento e distribuição de fotografias ou vídeos de crianças ou adolescentes em cenas de sexo explícito.

    As investigações, iniciadas há seis meses, tiveram como base denúncia anônima de um morador de Taboão da Serra sobre um suspeito de armazenar material pornográfico. A partir daí, foi feito o levantamento de IP (identidade de cada conexão), o que levou a uma rede que inclui 49 pessoas. Na ação, foram apreendidos computadores, celulares e mídias.

    De acordo com a delegada Gilmara Natália dos Santos, ainda não é possível afirmar se há, entre os presos, responsáveis pela produção do material. Ela acrescentou que nenhum dos alvos da operação aparentava ter envolvimento com esse tipo de crime. Há, entre os presos, um funcionário de escola infantil, um diretor de bufê e um guarda civil municipal, além de um pai e um filho residentes na mesma casa.

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    “É preciso prestar atenção no comportamento das pessoas. Uma pessoa retraída, calada, que busca ficar sozinha com crianças, oferece muitos doces, prêmios, pode ser um pedófilo. Entre os presos hoje, o perfil mais comum é de solteiros mais velhos e sem filhos”, disse Gilmara. De acordo com o delegado do Setor de Investigações Gerais da Polícia Civil, Márcio Fruet, alguns dos presos têm passagem pela polícia por outros crimes.

    Na operação Guardiões da Infância, iniciada em dezembro, foram presas doze pessoas — onze delas em flagrantes pelo armazenamento de imagens. Segundo a secretaria, foram cumpridos 24 mandados de busca nas casas dos investigados. Todos os presos são homens, com idades entre 20 e 60 anos. Dois deles são irmãos e foram detidos no mesmo endereço.

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    Nas casas dos investigados, os agentes apreenderam diversos objetos utilizados na prática dos crimes, como 22 CPUs, 15 notebooks, 31 HDs, 10 celulares, 34 pendrives, um videogame, dois roteadores, 68 CDs, entre outros. Na casa de um deles, foram encontradas bonecas e roupas infantis.

    “Nós monitoramos os alvos para que eles fossem objetos desses mandados de busca e apreensão. Existe um sistema utilizado pela polícia que nos possibilita rastrear indivíduos que fazem download de imagens ou vídeos de conteúdo pornográfico que envolvam crianças ou adolescentes”, disse a delegada Kelly Andrade, titular da Divisão de Proteção à Pessoa. A delegada  Elisabete Sato ressaltou a repulsa que os policiais tiveram ao visualizar as imagens encontradas.

     

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