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Plano de abstinência sexual de Damares terá influência de outros países

Estados Unidos, Chile e Uganda são exemplos de governos que mantêm a iniciação sexual tardia como política pública

Por Mariana Zylberkan
23 jan 2020, 18h53
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  • O plano de abstinência sexual entre jovens a ser proposto pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, irá incluir estudos de outros três países que implementaram a medida como política pública de combate à gravidez precoce e disseminação de doenças sexualmente transmissíveis.

    Uma consultoria será contratada pelo Ministério para compilar informações de projetos desenvolvidos pelos governos dos Estados Unidos, Chile e Uganda. No país africano, por exemplo, as campanhas pela abstinência sexual sugerem às mulheres que esperem para manter relações sexuais apenas após o casamento. A iniciativa é voltada para reduzir os casos de infecção pelo vírus HIV, uma epidemia no continente africano, e transmitido sexualmente.

    Batizado de Plano Nacional de Prevenção ao Risco Sexual Precoce, a iniciativa ainda está em desenvolvimento e será um complemento às políticas contraceptivas já existentes, segundo a pasta

    A partir de 3 de fevereiro, as redes sociais do governo irão começar a veicular mensagens de conscientização para os jovens de 10 a 18 anos sobre os benefícios de adiar a iniciação sexual. A ideia é mostrar os malefícios causados pela gravidez na adolescência.

    As peças publicitárias vão atender a uma lei federal que instituiu a Semana Internacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, organizada a partir do dia 1º de fevereiro de todo ano, e ainda não integram necessariamente a nova política de incentivo à abstinência sexual.

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    Nesta quinta-feira, 23, a ministra usou sua página em uma rede social para se posicionar diante da enxurrada de críticas diante da iniciativa de pregar a abstinência sexual como política pública para combater a gravidez precoce e a disseminação de doenças sexualmente transmissíveis. “Pais e responsáveis por cuidar de adolescentes, digam-me qual é o mal de conversar com um menino ou menina, a partir dos 12 anos, e dizer que talvez ainda não esteja maduro o suficiente para começar a ter relações sexuais? Que grande risco isso pode trazer?”, escreveu a ministra em reação a uma publicação que destacava o risco da medida para os adolescentes.

    Em dezembro do ano passado, a ministra participou de um seminário sobre abstinência sexual organizado por uma associação americana, Ascend.

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