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Pivô do mensalão, Marcos Valério é preso em BH

Por Cida Alves, na VEJA Online: O empresário Marcos Valério foi preso na madrugada desta sexta-feira, em sua casa na região da Pampulha, em Belo Horizonte, na Operação Terra do Nunca, do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e da Polícia Civil. De acordo com informações dos promotores de Justiça da Bahia George Elias Gonçalves Pereira […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 10h01 - Publicado em 2 dez 2011, 15h33
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  • Por Cida Alves, na VEJA Online:
    O empresário Marcos Valério foi preso na madrugada desta sexta-feira, em sua casa na região da Pampulha, em Belo Horizonte, na Operação Terra do Nunca, do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e da Polícia Civil. De acordo com informações dos promotores de Justiça da Bahia George Elias Gonçalves Pereira e Carlos André Milton Pereira, o empresário cometeu fraude documental e formação de quadrilha. Também foram presos três sócios de Valério: Ramon Cardoso, sócio na empresa SMP&B, e Francisco Castilho e Margareth Freitas, sócios na DNA Propaganda.

    Segundo o MP-BA, Valério atuava em conjunto com advogados e oficiais de cartório na falsificação de documentos públicos, criando matrículas de imóveis inexistentes. Esses documentos eram entregues como garantia no pagamento de dívidas das empresas de Marcos Valério. As fraudes vieram à tona em 2005, quando foram iniciadas as investigações pela Polícia Civil, que envolvem dez inquéritos policiais.  Neste mesmo ano foi revelado o envolvimento de Valério no esquema do mensalão, para pagamento de propina a parlamentares da base aliada do governo Lula. O empresário era operador do esquema e é réu na ação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso.

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    O advogado de defesa de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, nega ligação direta entre a prisão desta sexta-feira e o processo do mensalão. “Acontece que desde que explodiu o mensalão, começaram a investigar todas as atividades que tenham uma suposta participação do Marcos Valério. E os assuntos relacionados a ele ganham um rigor maior por parte do judiciário”, disse.

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    Na operação, estão sendo cumpridos 23 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em Minas Gerais e nos municípios de Barreiras, Santa Maria da Vitória e São Desidério, no oeste baiano. Na Bahia, a operação é realizada com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e, em Minas Gerais, com a participação do MP estadual e da Polícia Civil. Um avião do governo da Bahia deve levar os presos em Belo Horizonte para Salvador ainda nesta sexta-feira.

    Defesa
    O advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, disse que teve acesso apenas às informações preliminares da promotoria do caso. Mas adiantou que considera a prisão ilegal e desnecessária. Segundo ele, os papéis falso a que se refere o Ministério Público estariam relacionados a uma fraude contra o INSS.   “São papéis que, segundo a acusação, o Marcos Valério teria apresentado como garantia de pagamento de dívidas trabalhistas da DNA Propaganda”, disse. “Há cerca de três anos ele foi chamado na Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais para prestar esclarecimento sobre o assunto, compareceu e negou seu envolvimento nessas acusações. Isso é assunto velho”.

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    Terras da União
    O esquema esquema de que participava o empresário Marcos Valério, preso na manhã desta quinta-feira, incluía até a falsificação de documentos para que ele aparecesse como proprietário de terras na Bahia que na verdade pertencem à União, informou o Ministério Público Estadual da Bahia (MP-BA). Com a colaboração de advogados e oficiais de cartório, o empresário também conseguiu adquirir terrenos em São Desidério, no oeste do estado, por meio de documento irregulares, o que caracteriza crime de grilagem.

    Além disso, há registros em nome de Valério de imóveis que não existem. Todas essas propriedades eram apresentadas pelo empresário como garantia no pagamento de dívidas. Três sócios do empresário participavam do esquema: Ramon Cardoso, sócio na empresa SMP&B, e Francisco Castilho e Margareth Freitas, sócios na DNA Propaganda. Todos foram presos nesta sexta.
    (…)
    Os acusados respondem por falsificação de documentos e formação de quadrilha. Todos devem ser levados no fim da tarde desta sexta-feira para Salvador.
    (…)

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