O advogado e piloto Sérgio Roberto Alonso, de 74 anos — morto no sábado, 6, após a aeronave que pilotava ter caído em São Paulo — chegou a trabalhar no caso da queda do avião que matou Marília Mendonça em 5 de novembro de 2021. Alonso atuou como defensor jurídico da família do comandante Geraldo Martins de Medeiros Júnior, que conduzia a aeronave que caiu em Minas Gerais com Marília, o co-piloto Tarciso Viana, o produtor Henrique Ribeiro e o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho. Ninguém sobreviveu.
Sérgio Alonso era especialista em direito aeronáutico, além de piloto de planador — um de seus hobbies. No caso do acidente de Marília Mendonça, o advogado criticava a conclusão da polícia de que a culpa pela tragédia tenha sido dos pilotos, chamando o inquérito de “fora da realidade” diante das provas precipitadas e feitas por “pessoas que não entendiam nada de aviação”, segundo entrevistas concedidas à imprensa.
Alonso caiu perto da Rodovia Marechal Rondon, entre Lençóis Paulista e Areiópolis, no interior de São Paulo, e seu corpo foi encontrado já sem vida pelos bombeiros em um canavial na tarde de sábado. Ele deixa a esposa e dois filhos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a aeronave que ele pilotava teve uma queda vertical, já que o espaço do piloto estava virado para o solo.
O advogado trabalhou no escritório Riedel de Figueiredo Advogados por mais de 50 anos, e a empresa lamentou sua morte. “Ele atuou nos [casos] dos maiores acidentes aéreos do país e registrou seu nome na advocacia brasileiro”, disse o escritório em nota.